
EMENDAS – “Se cada um destinasse R$ 30 mil, seria quase R$ 1,5 milhão em recursos”, disse Jadeval. Foto: Jarbas Araújo
No último dia do mês dedicado à prevenção do câncer de mama, o Outubro Rosa, deputados foram à tribuna cobrar medidas relacionadas à prevenção e ao tratamento da doença. Jadeval de Lima (PMN) fez um apelo em nome do Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP), enquanto Socorro Pimentel (PTB) questionou a falta de medicamentos e a centralização das análises laboratoriais.
Responsável por 55% dos atendimentos oncológicos do Estado, o HCP passa, atualmente, por dificuldades financeiras, segundo Lima. Ele fez um pedido aos colegas: “Estamos no período de definir a destinação das emendas parlamentares. Sei que alguns já estão se movimentando para ajudar, mas faço uma solicitação para que todos nós dediquemos um pouco da verba em prol do Hospital de Câncer”, registrou. “Se cada um destinasse um mínimo de R$ 30 mil, seria quase R$ 1,5 milhão em recursos.”
O deputado do PMN contou que, em visita recente à unidade de saúde – localizada no bairro de Santo Amaro, no Recife –, observou a precariedade das instalações, as necessidades dos pacientes e as dificuldades dos profissionais para desempenhar suas funções. “O anexo que fica na Avenida Agamenon Magalhães não está funcionando. Se estivesse, haveria o dobro da capacidade atual dos ambulatórios, que é de 50 pacientes”, pontuou. “Parabenizo a direção, que tem feito milagres e uma boa gestão com os poucos recursos que chegam.”
Já Socorro Pimentel fez um apelo à Secretaria Estadual de Saúde para que os serviços destinados aos pacientes com câncer sejam regionalizados. “Andamos por todo o Estado, como membro da Comissão Especial do Estatuto do Portador de Câncer, e percebemos essa necessidade”, avaliou.

TRATAMENTO – “Quatro ou cinco meses podem ser a diferença entre a vida e a morte dos pacientes”, lembrou Socorro. Foto: Jarbas Araújo
“A cada três minutos, uma mulher recebe o diagnóstico de câncer de mama no mundo. Um simples autoexame pode evitar que a doença chegue a estágios mais avançados e, até mesmo, à morte”, alertou a petebista. “Porém, em Pernambuco, o HCP centraliza as leituras de lâminas de exames de todas as regiões. A mulher se submete à coleta, mas o resultado leva mais de 120 dias para sair. Nesse tempo, o tumor inicial pode avançar, a sobrevida da paciente é alterada”, lembrou.
Socorro também pediu ao Governo do Estado que regularize o estoque de medicações coadjuvantes dos tratamentos de câncer de mama e de próstata, que estariam em falta nas farmácias especiais. O assunto já havia sido abordado em abril. “Quatro ou cinco meses podem ser a diferença entre a vida e a morte desses pacientes”, concluiu.