
INICIATIVA – A presidente da Comissão de Educação da Alepe afirmou que, “caso as medidas via sindicatos não prosperem, o colegiado vai se posicionar”. Foto: Jarbas Araújo
Em discurso na Reunião Plenária desta terça (30), a deputada Teresa Leitão (PT) criticou ações que estimulam estudantes a filmar e denunciar professores. De acordo com a parlamentar, no Recife haveria material de divulgação com assinatura do Movimento pela Criança, pedindo a delação de supostas “manifestações político-partidárias ou ideológicas” em salas de aula.
Teresa também mencionou o caso da deputada estadual eleita em Santa Catarina Ana Caroline Campagnolo (PSL), alvo de inquérito civil do Ministério Público Federal (MPF) por suposta intimidação aos professores do Estado. A deputada posicionou-se contra a perseguição de docentes e destacou a recomendação do órgão, publicada na segunda (29).
“A educação visa, conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania, e não apenas a qualificação profissional”, ressaltou. “Traz ainda, como princípios, o pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, bem como a liberdade de aprender e ensinar o pensamento, a arte e o saber”, acrescentou, lembrando que esses fundamentos também estão presentes na Constituição Federal e em planos estaduais e municipais de educação.
Sobre o caso específico da Capital pernambucana, a petista frisou que há lei municipal proibindo o uso de celular nas escolas, fato que criaria um “conflito pedagógico”. Teresa Leitão também informou que os sindicatos de trabalhadores em educação de ambos os Estados já se manifestaram no sentido de enfrentar os atos de intimidação. Ela, que preside a Comissão de Educação da Alepe, disse que, “caso as medidas via sindicato não prosperem, o colegiado vai se posicionar”.
Ao defender o Patrono da Educação Brasileira, Paulo Freire, a parlamentar foi interrompida por manifestações contrárias vindas das galerias do Plenário. “O presidente eleito afirmou que vai banir Paulo Freire e seus ensinamentos do País. Podem gritar, porque vocês não vão conseguir”, respondeu Teresa.