Cultura: eleitos em concurso, Pernambuco ganha seis novos Patrimônios Vivos

Em 19/07/2018 - 15:07
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FILARMÔNICA – Banda Musical Saboeira, que se apresentou nas galerias do Museu Palácio Joaquim Nabuco, na semana passada, foi uma das escolhidas. Foto: Roberto Soares

O Estado tem seis novos Patrimônios Vivos, eleitos nessa quarta (18), por meio do 13º Concurso do Registro do Patrimônio Vivo de Pernambuco. Gonzaga de Garanhuns (reisado), Mestre Zé de Bibi (cavalo-marinho), Cavalo-Marinho Estrela de Ouro, Cristina Andrade (ciranda, pastoril e urso), Banda Musical Saboeira (banda filarmônica) e Casa de Xambá (organização religiosa) foram escolhidos pelos integrantes do Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural de Pernambuco (CEPPC).   Os concorrentes ao título defenderam suas candidaturas em apresentações no Museu Palácio Joaquim Nabuco, entre os dias 9 e 13 de julho.

“A eleição dos seis novos Patrimônios Vivos foi muito difícil, uma vez que todos os 59 candidatos inscritos tinham condições e merecem o reconhecimento de Patrimônio Vivo do Estado, mas precisávamos preservar algumas tradições que ainda não haviam sido reconhecidas”, considerou a presidente do CEPPC e da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), Márcia Souto. A titulação será entregue no dia 17 de agosto, quando é comemorado o Dia Nacional do Patrimônio Histórico, e o evento fará parte da 11ª Semana do Patrimônio Cultural de Pernambuco.

Com os novos eleitos, Pernambuco tem agora 57 Patrimônios Vivos, um título criado pela Lei Estadual n° 12.196/2002, com o objetivo de incentivar a produção e preservar aspectos da cultura tradicional ou popular. “O fato de termos escolhido um cavalo-marinho, um mestre de reisado, uma banda filarmônica como a Saboeira, que é uma das mais antigas em atuação no Estado, e um terreiro tão expressivo como o Xambá, mostra nossa intenção em salvaguardar e transmitir os saberes e expressões da cultura de nosso Estado, que é tão rico culturalmente”, comentou Márcia Souto.

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TRADIÇÃO – Cristina Andrade (ciranda, pastoril e urso) também vai receber título. Foto: Roberto Soares

Ao receberem o título, os Patrimônios Vivos de Pernambuco ganham direito a uma bolsa vitalícia mensal no valor de R$ 1,6 mil (pessoa física) ou de R$ 3,2 mil (grupos), recebem prioridade na análise de projetos apresentados ao Sistema Estadual de Incentivo à Cultura (SIC) e são convidados a transmitir conhecimentos em atividades e eventos promovidos pelo Poder Público. Só podem concorrer pessoas ou grupos com mais de 20 anos de trabalho comprovado na promoção de atividades tradicionais ou populares da cultura estadual.