Em meio à crise dos combustíveis, Odacy Amorim defende candidatura de Lula

Em 23/05/2018 - 19:05
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APOIO – O parlamentar se solidarizou com a greve dos caminhoneiros, que classificou como um movimento que pode “despertar o País”. Foto: Roberto Soares

Em meio à ameaça de desabastecimento com a paralisação de caminhoneiros em todo o  Brasil, o deputado Odacy Amorim (PT) defendeu, durante a Reunião Plenária desta quarta (23), o lançamento da candidatura de Lula como solução política para o País. O parlamentar argumentou que, mesmo com o ex-presidente preso, a legislação permite o registro de sua candidatura. “Nesse momento tenso, com risco de desabastecimento, defendo o nome de uma pessoa que possa conduzir melhor o Brasil”, declarou. O parlamentar. se solidarizou com a greve dos caminhoneiros, que classificou como um movimento que pode “despertar o País”.

O deputado também criticou a política de preços para o gás de cozinha. “Hoje uma família que ganha um salário mínimo paga quase 10% de sua renda no botijão de gás. Temos percebido a  fome aumentando, e muitas pessoas vêm pedir cestas básicas no meu gabinete. Precisamos reagir a isso”, salientou. Odacy Amorim defendeu o legado dos governos petistas em relação à questão. “A política de preços dos governos Lula e Dilma não era a ideal, mas entre a comida da população e o lucro da Petrobras, eles fizeram a opção pelo povo”, afirmou.

“Mesmo no Sul e Sudeste vemos hoje a defesa da volta de Lula, após o aumento do desemprego durante o Governo Temer. “Haverá uma batalha nos tribunais para libertar o ex-presidente, então no próximo dia 27(domingo) o PT irá lançar a pré-candidatura do político nas principais cidades do País. A própria presidente do Supremo disse que não pode impedir a candidatura de Lula. É o povo que deve julgá-lo, nas urnas”, considerou.

Em aparte, Rodrigo Novaes (PSD) comentou que, nos governos petistas, “o povo sertanejo começou a ter algum alento com políticas como o Bolsa Família, mas não chegou a ter oportunidades de emprego, mesmo os que conseguiram formação educacional”. Novaes ainda declarou que “as lideranças nacionais do PSDB não têm um projeto de desenvolvimento para o Semiárido, nem parecem conhecer a realidade da região”.

Os deputados Isaltino Nascimento e Aluísio Lessa, ambos do PSB, defenderam um compromisso pela libertação e participação de Lula nas eleições . “Hoje, quem está pagando o pato do impeachment é a sociedade brasileira. Em outubro vamos dar uma resposta para aqueles que não querem ver o Nordeste com protagonismo”, sentenciou Nascimento. Lessa defendeu a política de conteúdo nacional na produção e distribuição de petróleo nos governos petistas, principalmente com relação aos estaleiros localizados em Suape, que será tratado em audiência pública pela Comissão de Desenvolvimento Econômico na próxima segunda (28).

Edilson Silva (PSOL), por sua vez,  cobrou uma autocrítica por parte do PSB. “O Governo Temer é fruto de um arranjo golpista que infelizmente foi apoiado pelo partido. Em 2015 ouvíamos aqui na Alepe que tudo de ruim que acontece em Pernambuco era culpa da Presidente Dilma”, observou o psolista.