APOIO – A carta lida pela parlamentar reafirma o teor de documento formulado há 30 anos no município de Bauru, em São Paulo. Foto: Jarbas Araújo
Em discurso no Pequeno Expediente desta segunda (18), a deputada Teresa Leitão (PT) leu – e repercutiu – a “Carta de Bauru – 30 anos”, manifesto subscrito por trabalhadores de saúde mental reafirmando apoio à luta antimanicomial no Brasil. A parlamentar pontuou a pertinência do documento, uma vez que o Governo Temer vem sinalizando rever a política de encerramento de leitos psiquiátricos no País, iniciada com a reforma da assistência em saúde mental, em 2001.
A carta lida pela parlamentar reafirma o teor de documento formulado há três décadas no município do Interior paulista. “Há 30 anos, aqui em Bauru, denunciamos o papel de agentes da exclusão designado aos trabalhadores de saúde mental; afirmamos a defesa intransigente dos direitos humanos e da cidadania dos chamados loucos; (…) reafirmamos o manicômio como mais uma forma de opressão da sociedade”, diz o manifesto.
Sobre o momento político, a carta prossegue. “A conjuntura presente (…) exige um posicionamento que reafirme e radicalize nossos horizontes. É preciso sustentar que uma sociedade sem manicômios reconhece a legitimidade incondicional do outro como o fundamento da liberdade para todos e para cada um”, leu a petista, que opinou: “Há a ameaça de voltarmos para a tônica do aprisionamento psiquiátrico.”
Educação – Ainda nessa segunda, Teresa Leitão comentou a decisão do Governo do Estado de prorrogar, por mais um ano, a validade do concurso vigente para professores da rede pública. A petista já havia feito este pleito na tribuna, defendendo a convocação dos excedentes para assumir vagas atualmente ocupadas por profissionais contratados.
