
OPINIÃO – Segundo o líder oposicionista, a segurança pública de Pernambuco tem índices piores do que a de Estados vizinhos. Foto: Jarbas Araújo
O número de 5.030 homicídios, ocorridos entre janeiro e novembro deste ano, divulgado pela Secretaria de Defesa Social na última sexta (15), foi destacado pela Bancada de Oposição, na Reunião Plenária desta segunda (18). Segundo o líder oposicionista, Sílvio Costa Filho (PRB), a segurança pública de Pernambuco tem índices piores do que a de Estados vizinhos.
“Este já é o ano mais violento da história de Pernambuco, que completa mais de 12.300 assassinatos na gestão de Paulo Câmara”, ressaltou. “Os governistas argumentam que o problema é nacional, mas eles escondem que Estados próximos diminuíram a criminalidade: Alagoas em 6%, Paraíba em 4%, Piauí em 5%. Já em Pernambuco, tivemos um aumento de 26%”, afirmou Costa Filho.
Em aparte, Edilson Silva (PSOL) ressaltou que o número voltou ao nível de antes da criação do programa Pacto pela Vida. “Os projetos que o Poder Executivo conseguiu aprovar para o setor pioraram sua relação com a tropa policial”, avaliou. “A única coisa boa neste governo é a propaganda, que apresenta um Pernambuco diferente da realidade. Na vida real, os pernambucanos estão vendo a violência tomar conta do Estado”, declarou Álvaro Porto (PSD), avaliando que a gestão estadual “está fora do prazo de validade, e vai ser trocada em 2018”.
“Quando nós avisamos que Pernambuco ia superar o número de cinco mil homicídios ao fim de 2017, diziam que estávamos apostando no ‘quanto pior melhor’. Infelizmente, chegamos a esse número ainda em novembro”, registrou Teresa Leitão (PT). Ela apontou, ainda, que a gestão de Paulo Câmara teve três secretários na área de segurança em menos de três anos.
Protesto de funcionários do HR – O líder da Oposição também destacou a mobilização realizada, nesta segunda, por funcionários de empresas terceirizadas que prestam serviços ao Hospital da Restauração (HR), no Recife. Segundo o parlamentar, eles cobram três meses de salários atrasados. Os funcionários se manifestaram na frente da unidade de saúde pela manhã e estiveram nas galerias do Plenário da Alepe à tarde, onde exibiram cartazes de protesto. “Temos atrasos como esse também em diversas UPAs e UPAEs. Além disso, um hospital em Garanhuns está paralisado pela falta de pagamento”, relatou o parlamentar.
“Na Restauração estão faltando equipamentos básicos como luvas e esparadrapos, e cirurgias foram adiadas na semana passada por falta de anestésicos”, expôs Álvaro Porto. “O Governo destaca que está pagando os salários dos servidores em dia, mas a corda acaba se rompendo do lado mais fraco, com atraso para os prestadores de serviço”, lembrou Edilson Silva.
“Um técnico de Enfermagem ganha apenas R$ 1.010 líquidos para trabalhar no HR, num ambiente de grande pressão e com falta de equipamentos básicos”, sublinhou Teresa Leitão. “Tratar dessa maneira o maior hospital público do Nordeste não é condizente com um governante que tenha compromisso com a saúde”, ressaltou Socorro Pimentel (PSL).