Líder da Oposição diz que falta de articulação do Governo fez cair oferta de crédito ao Estado

Em 24/10/2017 - 19:10
-A A+
CRÍTICA - Parlamentar se queixou de recuo na previsão de empréstimos a serem tomados pelo gestão Paulo Câmara, no ano que vem. Foto: Roberto Soares

CRÍTICA – Parlamentar se queixou de recuo na previsão de empréstimos a serem tomados pela gestão Paulo Câmara, no ano que vem. Foto: Roberto Soares

Dados contidos na proposta de orçamento do Estado para 2018 motivaram críticas do líder da Oposição, deputado Sílvio Costa Filho (PRB), durante a Reunião Plenária desta terça (24). Entre outros pontos, o parlamentar se queixou do recuo na previsão de empréstimos a serem tomados pelo Governo no ano que vem (R$ 1,3 bi) em comparação a este ano (R$ 1,4 bi).

Para Costa Filho, o número “traduz” a falta de articulação da gestão estadual com órgãos federais e instituições financeiras, o que prejudicaria a captação de recursos para obras estratégicas em Pernambuco. “Vamos ter perda de crédito para viabilizar ações estruturantes nas áreas de educação, saúde e segurança hídrica”, alertou.

O oposicionista também identificou queda nos valores destinados à segurança pública, à saúde e à educação em relação aos montantes previstos para 2015, primeiro ano da atual gestão. “Isso representa piora nos serviços prestados à população. O aumento da violência que temos visto e a péssima condição dos hospitais são reflexos da queda de investimentos”, considerou.

Na última segunda (23), o secretário de Planejamento, Márcio Stefanni, apresentou a proposta orçamentária na Assembleia. Sílvio Costa Filho lembrou que questionou o gestor, na ocasião, sobre a possibilidade de serem concedidos reajustes para os servidores do Estado no próximo ano. “Foi dito que não teremos aumentos em 2018, mesmo com crescimento na arrecadação”, afirmou o parlamentar.

Costa Filho ainda lamentou não existir previsão de novas edições do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento Municipal (FEM), que destina recursos para obras nos municípios pernambucanos. “Uma iniciativa tão importante está paralisada há três anos. Tudo o que está sendo repassado às prefeituras é referente a convênios de 2014 e 2015, e o programa fica cada vez mais fragilizado”, criticou o oposicionista.