Paulinho Tomé condena corte no Orçamento federal para construção de cisternas

Em 18/10/2017 - 17:10
-A A+
Reunião Plenária

INICIATIVA – Deputado lembrou que Programa Nacional de Apoio à Captação de Água de Chuva e outras Tecnologias Sociais é reconhecido internacionalmente por atenuar os efeitos da seca. Foto: Roberto Soares

Medida que pode inviabilizar a construção de cisternas nas zonas rurais do Semiárido mereceu críticas do deputado Paulinho Tomé (PT), durante a Reunião Plenária desta quarta (18). Reconhecido internacionalmente por atenuar os efeitos da seca com a oferta de água para moradores da região, o Programa Nacional de Apoio à Captação de Água de Chuva e outras Tecnologias Sociais, do Governo Federal, pode sofrer corte de 95% no Orçamento para 2018. Para o parlamentar, a decisão é “inadmissível”.

A ação construiu 1,3 milhão de cisternas, mas a fila de espera para equipamentos voltados ao consumo doméstico ainda soma 350 mil famílias, de acordo com a Articulação do Semiárido Brasileiro, entidade da sociedade civil que idealizou e acompanha a execução da política. Para o armazenamento de água destinada à agricultura, segundo a mesma instituição, a demanda é de 600 mil cisternas.

Tomé criticou a diminuição dos recursos previstos para o programa, na proposta de Orçamento federal para o ano que vem em análise no Congresso Nacional. O montante destinado à construção das cisternas pode cair de R$ 248 milhões, em 2017, para R$ 20 milhões, em 2018. “Mesmo no nosso contexto econômico, é um absurdo a redução de um projeto tão significativo. São famílias que vivem em regiões áridas, longe das sedes dos municípios, que ficarão sem esperança”, afirmou o parlamentar.

Laura Gomes (PSB) fez coro às preocupações do petista. “Sou do Agreste, a pior região do ponto de vista da oferta de recursos hídricos”, registrou. “Sei o que é passar um ano e meio sem sequer pingar água da torneira, por isso entendo as críticas do deputado Paulinho Tomé”.