Deputados destacam campanha de prevenção ao câncer de mama

Em 02/10/2017 - 19:10
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MORAES – “A Assembleia apoia o Outubro Rosa para que o tema seja amplamente difundido.” Foto: Roberto Soares

O movimento mundial Outubro Rosa, que incentiva a participação da população no controle do câncer de mama, foi tema de pronunciamentos na Reunião Plenária desta segunda (2). Primeiro-secretário da Assembleia, o deputado Diogo Moraes (PSB) ressaltou o apoio da Casa à iniciativa, com a iluminação do Museu Palácio Joaquim Nabuco e do Edifício Miguel Arraes na cor da campanha. Socorro Pimentel (PSL) e Roberta Arraes (PSB) defenderam a interiorização do acesso ao diagnóstico e ao tratamento da doença.

Mencionando dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), Diogo Moraes assinalou que o câncer de mama corresponde a 28% do total de tumores diagnosticados no País, e que o número de novos casos detectados chega a quase 60 mil por ano. O parlamentar sublinhou a importância do engajamento da Alepe no alerta às pernambucanas sobre a importância da prevenção, uma vez que a detecção precoce aumenta as chances de cura e minimiza a necessidade de tratamentos mais severos como quimioterapia e a mastectomia (remoção da mama).

“O câncer de mama é o tipo de tumor que mais provoca a morte de mulheres no Brasil. A Assembleia apoia o Outubro Rosa para que o tema seja amplamente difundido e as pessoas não esqueçam que o auto-exame, as consultas de rotina e a mamografia são essenciais”, frisou o parlamentar. O deputado elogiou, ainda, iniciativas da Prefeitura do Recife relacionadas ao tema, como a realização de consultas sem marcação, palestras e a oferta de um mamógrafo móvel, além do projeto Guerreiras do Calendário. O projeto traz mulheres que passaram ou passam pela luta contra o câncer de mama, ilustrando as páginas dos 12 meses do ano.

SOCORRO – “A mortalidade por câncer de mama é até 11 vezes superior nas áreas mais pobres.” Foto: Roberto Soares

Socorro Pimentel registrou que Pernambuco é o Estado com a maior taxa de incidência da doença no Nordeste, com 53,84 novos casos para cada grupo de 100 mil mulheres. Ela apontou o descumprimento da Lei Federal nº 12.732/2012, que garante ao paciente com tumor maligno o direito ao primeiro tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS) em até 60 dias a partir do diagnóstico. Também enfatizou que a mortalidade por câncer de mama é até 11 vezes superior nas áreas mais pobres, em comparação com as regiões mais ricas. “Hoje, de acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia, há mamógrafos suficientes no País. No entanto, eles são mal distribuídos. A maioria está nas grandes cidades e capitais, deixando boa parte da população do Interior e pequenas cidades impossibilitada de fazer o exame de maneira rápida”, ressaltou.

 

ROBERTA – “É preciso derrubar obstáculos para conseguirmos o diagnóstico cada vez mais precoce.” Foto: Roberto Soares

“Sabemos do sofrimento das pessoas que saem do interior para realizar diagnóstico e tratamento nos grande centros. É preciso derrubar obstáculos para conseguirmos o diagnóstico cada vez mais precoce”, acrescentou a deputada Roberta Arraes, presidente da Comissão de Saúde da Alepe. Ela defendeu a interiorização do serviço e a busca ativa de pacientes.  A parlamentar indicou que Pernambuco é o segundo Estado do País com a melhor cobertura de mamografias. Também registrou a adesão da Alepe à Campanha Doe Lenços, entre os dias 16 e 27 de outubro, em solidariedade a mulheres que perderam os cabelos após sessões de quimioterapia. As deputadas Terezinha Nunes (PSDB) e Simone Santana (PSB) elogiaram a escolha do tema e endossaram os pronunciamentos.