Oposição pede reforço de policiais da Força Nacional

Em 19/09/2017 - 19:09
-A A+
OFÍCIO - Sílvio Costa Filho anunciou que levará documento com a solicitação ao Palácio do Campo das Princesas, nesta quarta (20). Foto: Jarbas Araújo

OFÍCIO – Sílvio Costa Filho anunciou que levará documento com a solicitação ao Palácio do Campo das Princesas, nesta quarta (20). Foto: Jarbas Araújo

O líder da Oposição, deputado Sílvio Costa Filho (PRB), anunciou, nesta terça (19),  que irá propor ao Governo que solicite ao Ministério da Justiça a atuação da Força Nacional em Pernambuco. Costa Filho comunicou que irá entregar o ofício com a proposta no Palácio do Campo das Princesas, sede do Poder Executivo, nesta quarta (20).

“A Força Nacional tem atuado nos pontos mais críticos do Rio de Janeiro, onde os assassinatos, proporcionalmente, estão em um nível mais baixo do que em Pernambuco”, exemplificou. “Pedimos humildade ao governador Paulo Câmara, que precisa reconhecer a gravidade do momento e fazer essa solicitação ao Governo Federal. Tenho certeza de que esse é o desejo de muitos pernambucanos”.

Líder do Governo, Isaltino Nascimento (PSB) disse que a ideia levantada pelo oposicionista “tem mais efeito midiático do que prático”, ressaltando que a presença da Força Nacional no Rio de Janeiro se deve a atrasos nos pagamentos dos policiais estaduais. “Aqui estamos com salário em dia, trabalhando e investindo. Para todos os problemas, a nossa polícia tem tomado atitudes, e os indicadores estão numa decrescente”, afirmou. “A Oposição quer transformar um assunto sério em elemento de disputa política.”

Priscila Krause (DEM) divergiu da análise do socialista. “Diante de quase 4 mil mortes violentas neste ano, temos sido cautelosos até demais nas nossas colocações”, comentou a deputada, que criticou o posicionamento governista de classificar como “eleitoreira” qualquer proposição de parlamentares críticos à política de segurança pública.

Álvaro Porto (PSD) disse que “o Governo está totalmente perdido, e a população continua preocupada”. Edilson Silva (PSOL), que registrou não concordar com a convocação da Força Nacional, avaliou que “nosso déficit nessa questão é que a gestão estadual não tem liderança política para mobilizar a sociedade e fazer uma gestão democrática da segurança pública”.