Familiares, amigos e autoridades prestam últimas homenagens a Ney Maranhão

Em 12/04/2016 - 14:04
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Velório Ney Maranhão.

RECONHECIMENTO – O ex-presidente Fernando Collor de Mello (esq.) esteve na cerimônia e ressaltou legado deixado pelo ex-senador pernambucano. Foto: Rinaldo Marques

O velório do ex-senador Ney Maranhão, morto nessa segunda (11) em decorrência de um câncer no fígado, prosseguiu, entre 8h e 10h15 desta terça (12), no Palácio Joaquim Nabuco. Os últimos momentos de homenagem ao político, nascido em Águas Belas, no Agreste do Estado, foram marcados por celebrações religiosas e pela visita de personalidades da política pernambucana e nacional. Dentre elas, a do senador alagoano e ex-presidente da República, Fernando Collor de Mello.

“Ney Maranhão foi um homem bom, correto e leal. Ele deixa exemplos de correção, coragem e determinação para todos aqueles que querem seguir carreira política”, afirmou Collor. A postura política do homenageado também foi destacada pelo primogênito do ex-senador, Ney Maranhão Filho. “Meu pai pregou a amizade e a unidade em torno de ideias. É disso que o País precisa”, afirmou. O filho do ex-senador estava acompanhado da viúva de Ney Maranhão, Lúcia Maranhão.

Antes de o corpo seguir para cremação, no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, o padre José Severino de Arruda promoveu a Celebração das Exéquias. O religioso da Paróquia de Cajueiro destacou que o rito tinha o objetivo de “celebrar a vida de alguém que marcou a história”. Em sequência, o músico Cleoman Fernandes cantou “Engenho Velho”, canção de Flávio José que, de acordo com Ney Maranhão Filho, era a preferida de seu pai.

Biografia – Nascido em Águas Belas, no Agreste, Ney Maranhão foi prefeito do município de Moreno, no Grande Recife, e deputado federal, por quatro legislaturas, pelo PTB. Durante a ditadura, teve o mandato cassado a partir do Ato Institucional 5 (AI-5), de 1968.

Após a redemocratização, foi senador entre os anos de 1988 e 1995, destacando-se como membro da “tropa de choque” do ex-presidente Fernando Collor de Mello. Ele foi um dos três senadores que votaram contra a perda dos direitos políticos do ex-presidente, de quem foi assessor especial mais recentemente.

O pernambucano ficou conhecido como “senador boiadeiro” pelo visual característico que adotava, sempre com um terno de linho branco e sandálias de couro. Maranhão também foi presidente da Câmara de Comércio Brasil/China. O pernambucano deixa a mulher Lúcia Maranhão, três filhos, quatro netos e três bisnetos.