
Apesar de implicar em custos maiores, o gerente de delivery do grupo Pizzaria Atlântico, Eric Pacheco, responsável por uma equipe de 110 motoqueiros em serviços de entrega, garante que a nova lei é muito bem-vinda e que deverá ser rapidamente aplicada em favor de sua equipe de profissionais.
“Nossa prioridade é a segurança. Todas as iniciativas neste sentido serão sempre bem recebidas por nós. É bom para o empregado que vai atuar mais protegido e bom para o empregador que terá maior garantia de contar com seus profissionais em plenas condições de trabalho”, avaliou o gerente.
O vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Moto, Motoqueiros, Motoboys, Motomens e Afins de Pernambuco (Sindimoto-PE), Francisco Machado, disse que a nova lei estará entre os itens a serem discutidos na convenção coletiva de trabalho da categoria, a ser instalada no início de 2015. A entidade de classe vai propor que a anotação do tipo sanguíneo passe a ser cobrada dos profissionais no ato de admissão no emprego.
Para Machado, o Sindimoto-PE pretende investir em campanhas para evitar o compartilhamento de EPIs entre motoqueiros. “Com a nova lei, se um motoqueiro se acidentar, e estiver usando equipamento emprestado, isso pode confundir os socorristas, pois o tipo sanguíneo será de outra pessoa. Vemos essa questão com certa preocupação. Mas, sem dúvida, a lei é muito positiva no geral”, comentou.