
Tristeza, angústia, irritabilidade e insegurança. Esses são alguns dos sintomas da depressão pós-parto. No Brasil, a doença atinge cerca de 40% das mães e, em 10% dos casos, pode levar ao suicídio. Para o tratamento, são indicadas sessões de psicoterapia e, em alguns casos, medicação específica.
Com o objetivo de debater o problema e conscientizar a população, o Governo do Estado sancionou a Lei nº 14. 743/2012, instituindo a Semana de Prevenção e Combate à Depressão Pós-Parto. A iniciativa foi da deputada Mary Gouveia (PSB).
O texto estabelece que 28 de maio, Dia Internacional de Ação pela Saúde da Mulher, integre a Semana. No período, devem ser promovidos debates, seminários e workshops sobre a temática.
“Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que de 60% a 80% das mulheres apresentam alterações emocionais após gestação, período em que os níveis dos hormônios sexuais (estrogênio e progesterona) alteram o metabolismo das catecolaminas e causam mudança no humor. O projeto visa incentivar a prevenção e a busca de tratamentos”, justificou a parlamentar, acrescentando que o problema surge, normalmente, durante os primeiros seis meses de vida do bebê.
Saiba Mais à De acordo com levantamento realizado pela Universidade de São Paulo (USP), em 2011, 40% das brasileiras sofrem de depressão pós-parto. O número é alto visto que pesquisas norte-americanas registram valores de 10% a 15%; à A tristeza pós-parto é quase fisiológica. Dependendo da estatística, de 50% a 80% das mulheres apresentam certa tristeza e irritabilidade que têm início, em geral, no terceiro dia depois do parto. Dura uma semana, quinze dias, no máximo; e desaparece espontaneamente; à Já a depressão pós-parto começa algumas semanas depois do nascimento da criança e deixa a mulher incapacitada, com dificuldade de realizar as tarefas do dia a dia; à A doença instala-se lentamente; só de quatro a seis semanas depois do parto o quadro depressivo torna-se intenso. É um problema que exige tratamento mais agressivo com medicamentos; à Um dos sintomas mais evidentes é que a melancolia não está relacionada só com o nascimento da criança. A tristeza permeia outros contextos; à Os principais sintomas são: tristeza constante (especialmente, pela manhã e/ou noite), sensação de culpa, irritabilidade e falta de paciência com parceiro e filhos, choro constante, exaustão permanente, perda de libido, problemas de memória, falta ou excesso de apetite, insônia ou sono interrompido, entre outros; à A ansiedade também faz parte também do quadro de depressão pós-parto. A mulher tem ataques de pânico sem ser portadora desse transtorno ou pode desenvolver comportamentos obsessivos em relação à criança como agasalhá-la demais ou verificar a cada instante se ela está respirando.