Revolução Musical – Manguebeat vira Patrimônio Cultural do Estado

Em 10/10/2009 - 00:10
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Movimento artístico-cultural iniciado no começo da década de 90, do século passado, no Recife, a partir das bandas Chico Science & Nação Zumbi e Mundo Livre, o Manguebeat causou uma verdadeira revolução na música brasileira.

Buscando formas diversas entre a cultura pop e a tradição local, os mangueboys misturaram manisfesto político com tecnologia, rock e maracatu, atingindo grande destaque no Brasil e no exterior.

Agora, o movimento tornou-se Patrimônio Cultural Imaterial de Pernambuco por meio do Projeto de Lei n° 1.029/09, de autoria do deputado Sérgio Leite (PT), que originou a Lei n° 13.853.

O Manguebeat teve como umas das referências a obra do pernambucano Josué de Castro, que resgata a imagem do homem-caranguejo e do mangue. “O movimento trata também da biodiversidade do manguezal como ecossistema associado a uma fusão de estilos, locais e globais, capaz de tornar a cena cultural de Pernambuco tão rica quanto sua situação geográfica”, lembrou Sérgio Leite.

“Gêneros como o rock, o reggae e o hip-hop foram misturados ao ritmo do maracatu, do coco e do samba, criando um som inovador”, acrescentou.

O parlamentar entende que o título concedido pela Assembleia Legislativa ao movimento ressalta “sua importância histórica, sobretudo pela influência do Manguebeat nas expressões artísticas – cinema, moda e artes plásticas – no Brasil e no mundo, além de contribuir na difusão da cultura pernambucana e brasileira”, explicou.

A diversidade, principal bandeira do mangue, influenciou diversas bandas do Estado e do Brasil. Mestre Ambrósio, Mombojó e Cordel do Fogo Encantado estão entre os diversos grupos musicais que receberam influência do movimento.