Defesa da Mulher propõe melhorias para Colônia Bom Pastor

Em 08/02/2008 - 00:02
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Superlotação, falta de estrutura nas áreas de saúde e de saneamento básico, além da ausência de espaço físico para a melhoria dos serviços, são alguns dos problemas existentes na Colônia Penal Feminina Bom Pastor, localizada no bairro de Engenho do Meio. As dificuldades foram averiguadas, ontem, pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher que visitou a unidade.

O secretário de Ressocialização, Humberto Viana, acompanhou o colegiado e disse que o Estado tem tratado a questão da mulher de forma distinta. Exemplo disso é o trabalho desenvolvido pela Secretaria de Ressocialização. Ele acrescentou que para tentar minimizar a superlotação nas unidades “um presídio feminino com capacidade para 150 detentas está sendo concluído em Paratibe, Região Metropolitana do Recife, e reformas estão sendo feitas nas cadeias femininas de Petrolina e Verdejantes, no Sertão”, salientou.

A diretora da unidade prisional, Ana Moura, explicou que existem 518 presas distribuídas em 150 vagas. “Uma das alternativas seria a compra de um prédio do convento que fica ao lado da Colônia Bom Pastor. O espaço conta com 80 quartos, assim, ajudaria na distribuição das detentas”, sugeriu.

Trabalho – Apesar das dificuldades, Ana informou que dentro do presídio há um trabalho de ressocialização. “Existe uma parceria com 13 empresas em que é dada a aproximadamente 80% das mulheres a oportunidade de trabalhar e desempenhar diferentes funções”, destacou. A oficina de costura, o salão de beleza e uma fábrica de materiais hidráulicos são algumas das atividades. A diretora ainda lembrou que uma creche está sendo construída e, provavelmente, será inaugurada no dia 8 de março. Para a secretária especial da Mulher, Cristina Buarque, é preciso que todos os Poderes trabalhem em conjunto, para tentar solucionar os problemas.

De acordo com a presidente da Comissão, deputada Elina Carneiro (PSB), audiências públicas com o secretário de Saúde e o presidente da Compesa serão marcadas, a fim de analisar melhorias na Colônia Penal Feminina Bom Pastor. “A visita foi bastante positiva e acreditamos que com as ações que serão adotadas iremos ajudar a minimizar as dificuldades da população carcerária feminina. Os problemas são graves, mas há soluções”, ponderou.

Também visitaram o presídio feminino as deputadas Miriam Lacerda (DEM), Ceça Ribeiro (PSB) e Nadegi Queiroz (PMN) e a presidente do Colégio Brasileiro das Mulheres Advogadas, Graça Paz.