
Doze anos após a Proclamação da Independência do Brasil, em 1834, as Assembléias Legislativas Provinciais foram criadas para substituir os Conselhos Gerais das Províncias. A Assembléia Legislativa da Província de Pernambuco foi instalada em 1º de abril de 1835, no Forte do Matos, localizado no Bairro do Recife. O então presidente da Província, Manuel de Carvalho Paes de Andrade, coordenou a solenidade e registrou que a data representava “uma nova época, formada pela segura garantia dos progressos, das luzes e do incremento da prosperidade pública”. No último domingo (1º), a Casa completou 172 anos.
O edifício sede do Poder Legislativo de Pernambuco, inicialmente denominado Paço da Assembléia, só começou a ser construído em 1870. Localizado na Rua da Aurora, bairro da Boa Vista, no Recife, às margens do Rio Capibaribe, o projeto é assinado pelo major do Corpo de Engenheiros e bacharel em Ciências Físicas e Matemática José Tibúrcio Pereira de Magalhães. A obra foi entregue, provisoriamente, no dia 21 de novembro de 1874, porque ainda faltavam alguns arremates na construção e a mobília. Em 1º de março de 1875, a construção passou a ser a sede oficial da Assembléia Legislativa Provincial, que foi instalada pelo então presidente da província, Henrique Pereira de Lucena. A obra foi concluída no dia 20 de janeiro de 1876.
As Assembléias Legislativas Provinciais funcionaram de 1835 a 1889, ou seja, por mais de meio século. Com a Proclamação da República (1889), o Legislativo foi transformado em sistema bicameral. Nos Estados, uma Câmara de Deputados dividia as tarefas legislativas com um Senado Estadual. Em 1930, a Revolução derrubou a chamada República Velha e o sistema bicameral nos Estados.
Conseqüentemente, as Câmaras de Deputados se transformam em Assembléias Legislativas.
O golpe de Estado de Getúlio Vargas (1937) impondo o Estado Novo interrompeu os trabalhos legislativos. No dia 25 de julho de 1947, a Constituição de Pernambuco foi promulgada e, a partir do dia 28, a Assembléia Constituinte passou a ser chamada de Assembléia Legislativa do Estado.
A partir de 9 de agosto de 1948, a sede da Alepe recebeu o nome de Palácio Joaquim Nabuco, proposto pelo deputado Tabosa de Almeida e criticado por uma comissão parlamentar. Os legisladores alegavam que o nome do abolicionista deveria ser dado a ruas, praças, prédios escolares, mas não ao Poder Legislativo, uma vez que Nabuco apoiava o Regime Republicano Democrático.
Apesar do embate, a proposta de Tabosa foi aprovada por esmagadora maioria, sob o argumento de que “Joaquim Nabuco foi um abolicionista destemido e incansável, de carreira política, diplomática e estadista brilhante, embora monarquista convicto”.