Durante o tempo de liderança, a líder do PT na Casa, deputada Teresa Leitão, rebateu as críticas de Pedro Eurico (PSDB). De acordo com a parlamentar, o tucano esqueceu de citar parte do relatório da Procuradoria Geral da República que afirma que o esquema do Valerioduto começou em 1998, com a reeleição do tucano Eduardo Azeredo ao Governo de Minas. “Eurico, infelizmente, conta a história pela metade”, observou.
De acordo com a petista, o esquema do mensalão perdurou durante os oito anos da gestão de FHC, sem que houvesse investigação. “Durante o período em que o PSDB presidiu o País, o procurador-geral da República ficou conhecido como engavetador-geral”, frisou, desafiando o PSDB e o PFL a fazerem nos seus quadros o que o PT fez, “um profundo processo interno de investigação e punição”.
Teresa disse, ainda, que em Pernambuco “tem muita coisa a ser investigada, como o Fundo de Incentivo à Cultura Pernambucana (Funcultura) e os desvio feitos na merenda escolar”. Ela acrescentou que entregará à Mesa Diretora, na próxima segunda-feira, o requerimento sugerindo a criação de uma comissão especial para acompanhar os recursos do Promata.
O líder do PFL, deputado Augusto Coutinho, utilizou o tempo de liderança e respondeu à petista. Para Coutinho, o PT não é “transparente”. “Toda a cúpula administrativa do partido está envolvida em corrupção”, afirmou, comentando casos de ex-dirigentes da legenda.
“Um dos poucos cassados, nessa grande pizza, foi o ex-ministro chefe da Casa Civil José Dirceu”, avaliou, argumentando que Dirceu fez o que jamais se tinha visto na história do País: “comprar deputados para manter a maioria no Congresso”. O pefelista ressaltou o caso da quebra ilegal do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, a pedido do então ministro da Fazenda, Antônio Palloci.