Saúde discute soluções para Hospital Dom Moura

Em 03/09/2003 - 00:09
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Saúde discute soluções para Hospital Dom Mouraomissão de Saúde realizou, ontem, um debate sobre os problemas encontrados no Hospital Regional Dom Moura, em Garanhuns, no Agreste do Estado, durante uma visita realizada pelos parlamentares no semestre passado. De acordo com o deputado Izaias Régis (PTB), que propôs a visita e a audiência pública, os deputados encontraram na unidade de saúde, entre outras coisas, ausência de médicos plantonistas e a lavanderia funcionando de forma precária.

Para Régis, “o atendimento do hospital vem sofrendo por causa de sucessivas más administrações, ao longo dos anos”. “Tenho documentos que comprovam desvios de verbas e o pagamento de médicos plantonistas que nunca apareceram no hospital.

Só há uma solução para o Dom Moura: a adoção de um modelo de gestão consorciada, formada pelos prefeitos dos 26 municípios que são atendidos pela unidade de saúde”, acrescentou.

O secretário executivo da Secretaria de Saúde, Gentil Porto, informou que o hospital vem passando por reformas, desde o início da gestão de Jarbas Vasconcelos. Segundo ele, já foram investidos cerca de R$1,09 milhão em reformas, na contratação de mais de 60 profissionais, através de concurso público, na realização de capacitações para os profissionais e na compra de equipamentos e de mobiliários. “Existem outras obras previstas, mas aguardando verbas, entre elas, a de reforma da lavanderia e das emergências adulta e pediátrica”, disse. Porto elogiou a sugestão do parlamentar sobre a adoção de uma gestão consorciada, mas argumentou que “alguns prefeitos não cumprem suas responsabilidades”.

O deputado Isaltino Nascimento (PT) questionou a falta de um Conselho Gestor no hospital, como forma de fiscalizar e auxiliar a administração da unidade. Já o promotor público de Garanhuns, Alexandre Bezerra, lembrou que já vem ocorrendo avanços e melhorias no atendimento, mas salientou a necessidade de um maior repasse de verbas. Segundo ele, existe um déficit mensal de R$50 mil nas contas do hospital, provocado pelo repasse insuficiente de R$ 140 mil por mês, quando os gastos chegam a R$ 190 mil.

O presidente do colegiado, deputado Sebastião Oliveira Júnior (PFL), defendeu que os municípios devem dar mais atenção aos serviços básicos de saúde, a fim de evitar a superlotação dos hospitais. “Iremos elaborar um relatório, que será enviado à Secretaria Estadual de Saúde, destacando a definição de prazos para a instalação do Conselho Gestor, o aumento no repasse mensal das verbas e a autonomia financeira do hospital”, informou.