Ao mesmo tempo em que a sociedade se isola, o segmento das empresas de segurança ganha mais destaque e amplia sua participação no mercado. A constatação foi feita, ontem, pelo deputado Fernando Lupa (PSDB), que apresentou à Mesa Diretora um projeto de lei visando disciplinar a instalação e a manutenção de cercas elétricas nos perímetros dos imóveis urbanos. “Ao dotarmos o Estado de um instrumento legal de normatização desses equipamentos, definimos padrões técnicos, limites, obrigatoriedade da presença de sinalização clara e preventiva”, explicou.
Lupa mostrou-se preocupado com o “impressionante” número de residências e empresas localizadas na área urbana que têm instalado cercas eletrificadas.
“Vejo o risco que envolve a instalação desordenada e não regulamentada desses dispositivos, que podem, inclusive, matar”, ressaltou. “Crianças continuam brincando nas ruas, subindo em árvores, empinando papagaios e, com freqüência, temos notícia de serem vítimas de choques elétricos, às vezes fatais”, denunciou.
Lupa defendeu seu projeto com o argumento de que, “se o porte de armas é disciplinado, o mesmo, pela observância do princípio básico de similaridade, deve ser aplicado a qualquer outro dispositivo de segurança, cuja ação acarrete danos físicos ou morte”. Segundo ele, as cercas são os mais avançados sistema de proteção e, “quando instaladas de acordo com as normas internacionais vigentes, funcionam efetivamente”.