Raimundo Pimentel vai presidir Comissão Especial das UTIs

Em 12/06/2003 - 00:06
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A Comissão Especial que estudará a carência de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) nos hospitais do Estado promoveu, na tarde de ontem, sua primeira reunião. Os parlamentares definiram a pauta inicial do colegiado e elegeram o presidente, o vice-presidente e o relator, posições que serão ocupadas pelos deputados Raimundo Pimentel (PSL) – autor da proposta -, Sebastião Oliveira Júnior (PFL) e Alf (PDT), respectivamente.

“Em decorrência da situação por que passa o País, em virtude do déficit de leitos de UTIs financiadas pelo Sistema Único de Saúde, esta Casa não pode ficar alheia aos acontecimentos. Não podemos esperar acontecer em nosso Estado o mesmo que ocorreu, recentemente, no Ceará, onde mais de 30 pessoas morreram à espera de vagas. Segundo dados da Associação de Defesa dos Usuários de Planos de Saúde (Aduseps), de abril a agosto de 2001, foram detectados 750 pacientes aguardando internamento nas UTIs do Estado, além de que o tempo de espera é de cerca de três a cinco dias”, justificou Raimundo Pimentel.

No encontro de ontem, os deputados definiram a primeira atividade. A comissão realizará a primeira audiência, na próxima terça-feira, que terá a participação de representantes da Sociedade Pernambucana de Terapia Intensiva e da Central de Leitos da Secretaria de Saúde do Estado para colher as primeiras informações sobre o número de vagas disponibilizadas em Pernambuco. Os integrantes da comissão sugeriram também uma série de visitas a hospitais do interior do Estado e a abrangência do foco de análise do colegiado aos hospitais privados.

Segundo Pimentel, a comissão deve trabalhar em cima de três pontos principais: avaliação da real demanda dos leitos existentes em Pernambuco; descentralização das vagas de UTI na Região Metropolitana do Recife; e a definição de propostas concretas para o aumento dos leitos no Estado. “Acho que a comissão tem como dar uma contribuição, aprofundar o diagnóstico em relação à carência e à demanda que existe sobre esse aspecto. A idéia é que a gente possa fazer um diagnóstico, identificar a real capacidade de atendimento e propor soluções nesse sentido, para evitar que cidadãos pernambucanos possam correr risco de morte em função da falta de leitos nas Unidades de Terapia Intensiva”, destacou.