Erosão do estuário dos Rios Jaboatão e Pirapama devido a construções irregulares de marinas e bares, poluição atmosférica no bairro de Pontezinha, degradação ambiental de mangue e derramamento de chorume do Aterro da Muribeca em riachos e rios. Esses foram os problemas encontrados, ontem, pela Comissão de Defesa do Meio Ambiente em visita ao Cabo de Santo Agostinho.
“Foi bastante proveitosa nossa ida pois voltamos a constatar dificuldades que precisam serem enfrentadas com a intervenção efetiva do poder público”, destacou o presidente da comissão, deputado Alf (PDT). Acompanharam a visita, o diretor de Controle Ambiental da CPRH, Geraldo Miranda, e uma equipe de Policiais Militares da Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente (Cipoma).
“A CPRH já tem o diagnóstico completo da situação do estuário do Rio Jaboatão, e a indústria Simisa precisa cumprir o acordo para instalação de um sistema de limpeza dos gases lançados”, ressaltou Alf. O prazo vai até junho de 2004. Para ele, a área de mangue precisa ser fiscalizada pelo Cipoma e recuperada em parceria do Estado com o município e a comunidade. “Vamos realizar uma audiência pública, na próxima quinta-feira, para debater com a população prejudicada e a direção da Simisa alternativas para reduzir a poluição, até que a instalação do sistema despoluidor seja concluído”, completou o presidente da comissão.
O deputado Betinho Gomes (PPS) afirmou que a visita atendeu a uma solicitação da secretaria do Planejamento e Meio Ambiente do Cabo, que conta com o apoio da Assembléia Legislativa para viabilizar alternativas concretas contra a devastação do meio ambiente, buscando o apoio do Ministério Público do Estado.