O líder do PFL na Assembléia Legislativa, deputado Augusto Coutinho, registrou a iniciativa do presidente do Tribunal de Contas da União – TCU, ministro Valmir Campelo, em submeter à deliberação do tribunal pleno daquele órgão projeto de resolução instituindo o “Espaço Cultural Marcantônio Vilaça”, que funcionará no edifício anexo em Brasília, destinado ao incentivo da arte e da cultura, no âmbito daquele Tribunal Federal. “Os artistas terão uma grande oportunidade de expor seus trabalhos, no recém-criado espaço cultural, que homenageia a memória e a vida do galerista Marcantônio Vilaça, juntando-se a tantas outras reverências de que foi alvo, tanto no Brasil como no exterior, após a sua prematura morte, ocorrida há três anos”, declarou. A inauguração está prevista para o dia 5 de novembro do corrente ano, data do aniversário do TCU.
O deputado destacou ainda a herança cultural deixada por Marcantônio, uma coleção pessoal de aproximadamente 2 mil obras. “As palavras da jornalista e crítica de arte, Angélica de Moraes, traduzem o talento e sensibilidade de Marcantônio no mundo da arte e da cultura: ‘Sozinho ele fez o que o mercado, a política cultural e a ação diplomática brasileira jamais conseguiram em toda a história desta nação: colocou um número quantitativo e qualitativo impressionante de obras nacionais em importantes acervos de museus e prestigiosas coleções particulares na Europa, Estados Unidos e América Central”, acrescentou.
Em aparte, o líder do Governo, deputado Bruno Araújo (PSDB) disse que o deputado fez uma justa lembrança ao registrar a iniciativa do TCU. “Marcantônio era um ilustre pernambucano, filho de outro ilustre pernambucano, e conseguiu sair das fronteiras de Pernambuco e do Brasil, passando a ter respeito internacional”, disse. Em seguida, foi a vez do presidente da Casa, deputado Romário Dias (PFL), que destacou a importância de “cultivar o hábito de valorizar àqueles que um dia prestaram serviço à nossa terra” e fez um breve resumo da atuação do marchand.
Já o deputado e ex-secretário de Educação e Cultura, Raul Henry (PMDB) disse que “a cultura é sobretudo uma marca de afirmação, de identidade dos povos”, e acrescentou que Marcantônio conseguiu algo muito difícil que foi o reconhecimento do mercado e da crítica internacionais à arte contemporânea brasileira.