O líder da Oposição na Assembléia Legislativa, deputado Sérgio Leite (PT), cobrou do Governo do Estado o pagamento do salário mínimo a servidores do Estado. De acordo com ele, aproximadamente 45 mil servidores estaduais recebem menos que o mínimo estipulado pelo Governo Federal, que é de R$ 240. “Antes do aumento, eles já não recebiam o mínimo de R$ 200, que era complementado com um abono. Agora, a situação ficou ainda pior”, acrescentou o líder.
Em aparte, Roberto Leandro (PT) questionou o fato da bancada governista na Casa ter criticado o baixo índice de reajuste salarial concedido pelo presidente Lula, e o governador do Estado não cumprir, sequer, esse índice. Em seguida, foi a vez da deputada Tereza Leitão (PT) abordar a questão do “artifício de substituir o reajuste pelo abono”. “Além disso, os quinquênios são calculados em cima dos valores reduzidos, ou seja, sobre R$ 130, R$ 140, ao invés de ser baseado no mínimo de R$ 240”, completou.
Maviael Cavalcanti (PFL) destacou o fato dos jornais locais já terem noticiado o compromisso do governador Jarbas em cumprir com o pagamento do mínimo. ‘O que tem que ser questionado é o fato do PT adotar um discurso aqui e outro na Prefeitura do Recife, onde o prefeito concede um aumento de 1% e diz que foi o maior da história”, ponderou. O petista Isaltino Nascimento, por sua vez, defendeu o prefeito João Paulo. “Ao contrário dos servidores estaduais, todos os funcionários do Recife recebem acima do mínimo” e frizou criticando, ainda, o fato do governador não ter nomeado os concursados do Hemope.
Izaías Régis (sem partido) concordou com o pronunciamento de Leite e citou também “a precária situação das delegacias estaduais, a exemplo da Delegacia de Garanhus”. Depois dele, foi a vez de Sebastião Oliveira Júnior (PFL) se pronunciar. “Isaltino citou o concurso do Hemope, mas esqueceu de dizer que ele foi realizado no último Governo Arraes, quando o secretário de Saúde, Jarbas Barbosa, foi indicado pelo PT”, relembrou. Antônio Moraes (PSDB), concordou com a necessidade de melhorar as condições das delegacias, mas questionou o fato de Leite ter classificado o governador de “neoliberal”. “Ninguém é mais neoliberal do que Lula”, rebateu.