A campanha salarial dos servidores do Hemope e as dificuldades enfrentadas pela instituição, em razão da falta de recursos, foram tema de pronunciamento do líder do PT, deputado Isaltino Nascimento. O parlamentar afirmou que o Hemope tem receitas próprias de cerca de R$ 1,8 milhões por mês, mas sente os efeitos do contingenciamento de recursos por parte do Governo do Estado, que estabeleceu teto de R$ 860 mil e libera, no máximo, R$ 1,2 milhões.
“De janeiro de 2001 até abril passado, o Hemope deixou de receber mais de R$ 4,43 milhões, o que compromete o seu desenvolvimento e o atendimento das reivindicações do seu funcionalismo”, afirmou Isaltino. Ele lembrou que os servidores realizaram uma paralisação de advertência em protesto “contra o descaso do Governo Jarbas”, o que está levando o instituto a ficar defasado tecnologicamente, perdendo espaço para hemocentros públicos criados após os bons resultados do Hemope.
“A realidade atual do Hemope deve causar grande decepção ao seu fundador, Luiz Gonzaga dos Santos, responsável por uma instituição que virou referência nacional e modelo para outros estados”, disse o líder do PT. Isaltino recordou que os servidores enfrentam problemas como a falta de reposição e incorporação salarial e, no início da primeira gestão do governador Jarbas, existia o risco do Hempe, junto com o Lafepe, se transformar em organização social. “Existem dois concursos não concluídos e uma defasagem significativa, pois são apenas 732 funcionários do quadro efetivo e cerca de 500 cedidos pela Fundação Alice Figueira, uma saída para contratação com salários mais baixos”, reclamou o petista.
Em apartes, os deputado João Fernando Coutinho (PSB) e Roberto Leandro (PT) prestaram solidariedade ao funcionalismo do Hemope e destacaram a importância do pronunciamento de Isaltino. O presidente da Comissão de Saúde, Sebastião Oliveira Júnior (PFL), lembrou que foi aprovado em primeiro lugar num concurso para o Hemope, no Governo Arraes, mas nunca foi chamado.
pefelista recordou que, antes mesmo de assumir o cargo de deputado estadual, reuniu colegas eleitos e foi tentar uma solução para o Hemope, atingido pela reforma administrativa, junto aos secretários de Administração e de Saúde.
“Estou me colocando à disposição para intermediar, nesta quarta-feira, junto ao secretário Guilherme Robalinho (Saúde) uma solução que agilizar o entendimento com o funcionalismo”, concluiu Oliveira Júnior.