O deputado Isaltino Nascimento (PT) denunciou, ontem, a gestão do prefeito de Catende, Manuel Ramos de Almeida. Segundo ele, desvios de verbas federais e da merenda municipal, existência de funcionários fantasmas e superfaturamento em obras públicas são algumas das irregularidades que são apontadas pelo Movimento Catendense Pró-Dignidade e pelos vereadores Alexandre Mauro e Nelito Francisco.
O movimento já encaminhou as denúncias ao Ministério Público (MP), Tribunal de Contas (TCE) e Polícia Federal, mas ainda não houve solução para os problemas apresentados. Mas, segundo Isaltino, no TCE as denúncias sequer se transformaram em processo. No MP, as irregularidades foram encaminhadas para a Comarca de Catende, que já tinha conhecimento do fato. “Embora soubesse de tudo, o promotor Rômulo Siqueira, não teve tempo para apurar as acusações”, comentou Isaltino Nascimento.
O deputado registrou que ele se os representantes do município estiveram com o procurador geral de Justiça, Francisco Sales, para solicitar agilização nos procedimentos necessários para que o caso seja solucionado o mais breve possível. “A população pode ficar tranqüila, porque a Assembléia não pactuará com as falcatruas existentes no município”, garantiu.
Apartes – João Negromonte (PMDB), mesmo reconhecendo a veracidade das acusações trazidas por Isaltino, pediu que ele apresentasse provas documentais dos possíveis crimes. Augusto César (PSDB) disse que a Alepe “deve ficar atenta às graves irregularidades em Catende”. Roberto Leandro (PT) ressaltou a importância da participação popular para fiscalizar o Executivo. “Quem dera outras cidades tivessem essa mobilização?”, refletiu.
Izaías Régis (PSB) afirmou que o município de Garanhuns também precisa de fiscalização, “pois se encontra em mesmo abandono”. Roberto Liberato (PFL) observou que a fiscalização deve ser, também, para todo o Estado. Para Henrique Queiroz (PP), o prefeito Manoel Ramos “é honesto e quem deve fiscalizar a sua administração é o Tribunal de Contas”.