Assembléia recebe grevistas e envia contraproposta dos PMs ao Governo Na manhã de ontem, o presidente da Assembléia Legislativa, deputado José Marcos de Lima (PFL), recebeu, em plenário, ofício da Associação de Cabos e Soldados com um apelo para que o Legislativo intermediasse o processo de negociação entre grevistas e Governo. Os policiais apresentaram uma contraproposta. À tarde, José Marcos recebeu uma comissão composta de quatro PMs grevistas e o advogado da associação. Os grevistas se limitaram a relatar os fatos do movimento. Em seguida, o presidente da AL reuniu-se com o colégio de líderes para apreciar o documento, que foi encaminhado, através de ofício, às 17h, ao Palácio do Campo das Princesas.
Participaram da reunião os líderes Romário Dias (Governo), Pedro Eurico (PSB), Augusto César (PSDB), Sérgio Leite (PT), Augustinho Rufino (PSDC) e Roberto Liberato (PL), além dos deputados José Aglailson (PSB) e João Mendonça (PFL).
O presidente José Marcos esclareceu que cabe ao Poder Legislativo, neste caso, “unicamente o papel de tentar intermediar o diálogo entre as partes”, para que seja concluído o movimento grevista. “A esperança de todos é de que haja diálogo e se chegue a um denominador comum, para o bem da sociedade pernambucana”, completou.
Durante a sessão da manhã de ontem, representantes dos policiais militares lotaram as galerias da Assembléia e solicitaram que a Casa assumisse a mediação do confronto com o Executivo, apresentando uma contraproposta ao Governo.
De acordo com a proposta dos policiais em greve, a categoria reivindica que o Governo assine termo de compromisso, garantindo que “não ocorrerá transferência, punição, exclusão, licenciamento ou quaisquer tipos de retaliações aos policiais e bombeiros participantes do movimento de greve”.
O documento também propõe que seja assegurado “aumento real da remuneração, aplicando o VBR de R$ 130,00, conforme a Lei 11.216/95, com adequação da remuneração, respeitando o teto mínimo de 50% de ganho real em relação ao salário atual”.
Outra proposição fixa a escala de 24 por 72h para os serviços específicos e garante itens anteriormente contemplados, como a Conclusão do Código, identidade por porte de arma, promoção por tempo de serviço, entre outros itens.
“Não temos interesse em fugir à ordem. Queremos diálogo e negociação, com mediação equilibrada”, assinalou o representante da Comissão de Negociação dos Policiais Militares, Arnaldo Lima. (Pedro Marins/Ana Lúcia Lins)