Deputados defendem transferência da penitenciária de Itamaracá O primeiro secretário da Assembléia Legislativa, deputado Guilherme Uchôa (PMDB), incorporou-se ao movimento desenvolvido na Ilha de Itamaracá solicitando a transferência da Penitenciária Agrícola do município. Em pronunciamento na tribuna da Casa, Uchôa assinalou que a penitenciária está sem finalidade, num local onde deve ser desenvolvido o potencial turístico.
“Fica inviável o funcionamento de uma penitenciária onde os presos vivem em regime semi-aberto, em meio a todo um patrimônio histórico-cultural”, afirmou.
Nesse sentido, o parlamentar acrescentou que concorda com o posicionamento do juiz José Romero Maciel de Aquino, do promotor Euclides Rodrigues e do delegado Wilson Ferreira. “Eles enviaram ofício ao governador Jarbas Vasconcelos (PMDB) solicitando audiência para tratar do assunto. É inadimissível que dos 500 processos criminais da Comarca, 400 envolvam detentos em Itamaracá”, afirmou Guilherme Uchôa.
O deputado também ressaltou que, apesar da vocação como cidade-veraneio, a Ilha de Itamaracá está em declínio na área imobiliária. “Uma extensão de mais de mil hectares de terra tem potencial para ser usada para alavancar o turismo de Pernambuco”, sugeriu.
Em aparte, o deputado Antônio Moraes (PSDB) confirmou que os assaltos em Itamaracá estão crescendo e são executados, em sua maioria, por detentos beneficiados com o regime de prisão semi-aberta. “Temos agora uma favela vizinha à penitenciária, onde os presos se reunem para articular arrombamentos e assaltos”, afirmou.
Assim como o primeiro secretário da Assembléia Legislativa, Moraes sugeriu a relocação da penitenciária de Itamaracá e a implantação de uma política de reeducação dos presos.
Por sua vez, o deputado Gilberto Marques Paulo (PFL) também foi à tribuna de apartes para defender “um estudo mais sério por parte do Governo do Estado em relação à relocação da Penitenciária de Itamaracá”. “O Estado precisa de presídios mais adequados, mas vejo também as dificuldades da Secretaria de Justiça para viabilizar isso”, observou. (Ana Lúcia Lins)