Magalhães quer confundir opinião pública, diz petista

Em 05/10/2000 - 00:10
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Magalhães quer confundir opinião pública, diz petista O deputado Paulo Rubem (PT) protestou ontem, na Assembléia Legislativa, contra as tentativas, por parte do grupo que apóia Roberto Magalhães (PFL), “de confundir a opinião pública do Recife, gerar um clima de histeria e terrorismo, visando prejudicar a candidatura de João Paulo (PT), da Frente de Esquerda, que está sendo vítima de acusações sem fundamento”.

Paulo Rubem citou, na ocasião, a entrevista dada por dona Jane Magalhães, no Jornal do Commercio, na qual a primeira-dama alerta que a vitória do petista no Recife será “fator de agitação e baderna”. O parlamentar considerou a atitude “antidemocrática e terrorista”, e denunciou as “manobras” que estão sendo feitas para favorecer o candidato do PFL. Segundo ele, num grupo escolar da periferia, os pais de alunos estão sendo coagidos a levar títulos para a direção. “Há boatos sobre fechamento de escolas, o que configura uma política de desespero”, frisou.

A deputada Luciana Santos (PC do B), que vai disputar o 2º turno em Olinda, também criticou o “desespero do candidato Magalhães”. Ela lembrou as pressões e apelações que marcaram a disputa em Olinda, mas assegurou que a população “rechaçou tais expedientes e vai assegurar a vitória das forças que defendem mudanças no Recife e em Olinda”.

Incentivos – Paulo Rubem ainda condenou as distorções da política de incentivos fiscais do Governo do Estado, assunto que motivou sua denúncia, no mês passado, ao TCE, na qual questiona a legalidade e constitucionalidade dos atos do governador, “pois não atendem as exigências dos dispositivos legais”. De acordo o petista, Pernambuco é um “péssimo exemplo de política de incentivos fiscais, com evidência de irregularidades, de concessão de vantagens a empresas fantasmas”. “Tais empresas não existiam mais e tiveram seu cadastro reaberto após a concessão do benefício, afora o descumprimento de outras exigências”, completou.

Paulo Rubem lembrou que pediu a suspensão de todos os decretos de concessão de incentivos. “Não se cumpre a Lei de Responsabilidade Fiscal, os dispositivos sobre a necessidade de compensação da perda de incentivos, sendo flagrante o desacordo com a LDO/2000”. Ele solicitou a abertura de auditoria no Prodepe, para avaliar a política de incentivos do Estado. (Nagib Jorge Neto)