Exôdo rural preocupa Maviael Cavalcanti O deputado Maviael Cavalcanti (PFL) sugeriu ontem mudança de rumos e ações concretas visando a fixação do homem no campo. Segundo ele, a migração vem sendo perversa para as áreas metropolitanas, com crescimento das favelas, agravamento dos indicadores sociais, marginalização e criminalidade.
Maviael ressaltou ser necessário retomar a questão do homem do campo, intervir no fenômeno da migração rural, de forma a evitar os problemas de emprego, moradia, saneamento, que elevam os gastos públicos. “Manter uma família na zona rural custa metade do valor gasto para mantê-la na cidade”, revelou.
Com base em dados do IBGE, o parlamentar mostrou que em 1960 a população urbana do Estado era de 1.823.673 habitantes, enquanto a rural totalizava 2.270.095 habitantes, situação que se alterou ao longo dos anos. Em 1996, por exemplo, a urbana já era de 5.475.855 habitantes, enquanto a rural foi reduzida para 1.922.216.
Para ele, tal fenômeno responde pela legião de desempregados, pela favelização crescente, “distorções do processo de urbanização que têm de ser enfrentadas com o apoio ao produtor rural”.
O parlamentar lembrou que na Europa, nos Estados Unidos, o produtor agrícola conta com apoio técnico, subsídios, e que em nosso país há uma campanha contra o apoio ao setor agrícola, que prejudica a fixação do homem no campo e favorece a migração ou sua exploração por grupos que incentivam a marginalidade, a plantação de maconha.
Para Maviael, a agricultura é geradora de emprego e renda, e há necessidade de revitalizar a extensão rural no Estado, fortalecer o IPA e gerar linhas de crédito. Ele cobrou do Governo Federal ações concretas nesse sentido e elogiou as medidas do Governo do Estado.Os deputados Roberto Liberato (PL) e Antonio de Pádua (PMDB) apoiaram Maviael. (Nagib Jorge Neto)
