Unesco quer acabar com analfabetismo

Em 29/06/2000 - 00:06
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Unesco quer acabar com analfabetismo A Unesco vai partir para uma cruzada contra o analfabetismo das populações urbanas e rurais de Pernambuco. Para isto, tem um projeto ousado: baixar o índice atual de 23% de analfabetos para 4%, dentro de cinco anos.

Nesse sentido, o representante do órgão das Nações Unidas, Julio Jacobo Waiselfisz, expôs o plano ao presidente em exercício da Assembléia Legislativa, deputado Bruno Araújo (PSDB), solicitando apoio para a campanha que será lançada oficialmente na representação da Unesco, no edifício da Sudene, em data a ser confirmada, com a presença do vice-presidente Marco Maciel e outras autoridades federais, estaduais e municipais.

Depois de ouvir atentamente os detalhes do Fundo Unesco de Erradicação do Analfabetismo, Bruno Araújo prontificou-se a apoiar o projeto educacional, que visa a faixa etária de 15 a 34 anos. Sensível ao elevado alcance social dessa cruzada, ele encaminhou à procuradoria geral da Casa documentação do órgão internacional solicitando parceria deste Poder.

Waiselfisz informou que estudos da Unesco indicam custo de R$1,5 milhões mensais durante cinco anos, para as ações de erradicação do analfabetismo. Ele iniciou entendimentos com empresários, bancos, cartões de crédito, supermecados, todos os setores, convocando-os a engajarem-se na luta. O dinheiro arrecadado será repassado mensalmente à Unesco, entidade mundial da maior credibilidade.

Em 1964, foi assinado o Acordo Básico de Assistência Técnica entre o Governo brasileiro e a ONU, e suas agências especializadas, promulgado por decreto em 1966.

Estiveram presentes ao encontro na presidência os deputados Sérgio Leite (PT) e Maviael Cavalcanti (PFL), além Sérgio Murilo Júnior (Unesco) e Douglas Tavares de Melo, da Secretaria de Educação, que participa do convênio com a Unesco.

(Antônio Azevedo)