Melo concorda com intervenção mas acha o período excessivo

Em 25/02/1999 - 00:02
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Melo concorda com intervenção mas acha o período excessivo Pouco antes da votação, em plenário, do decreto 21.295/99, determinando a intervenção de Jaboatão dos Guararapes, o ex-prefeito do daquela cidade, deputado Geraldo Melo (PMDB), ocupou ontem a tribuna do Grande Expediente para defender alguns aspectos deste procedimento.O parlamentar lembrou, inicialmente, que não é responsabilidade dos jaboatãoenses as articulações atuais e passadas que denegriram a imagem da cidade: “É preciso que se diga a toda a sociedade pernambucana que todas as intervenções que aconteceram em Jaboatão foram em administrações de Prefeitos que entraram no município com interesses eleitoreiros, mas que não eram jaboatãoenses. Fagundes de Menezes era do Rio Grande do Norte; Newton Carneiro, de Palmares, não era sequer eleitor de Jaboatão antes de decidir pela candidatura a prefeito e iludiu o povo com promessas mentirosas e a máscara do velhinho coitadinho”.Com relação à Câmara de Vereadores, o deputado lembra que “ali existem homens de bem, parlamentares compromissados com o povo que os el egeu, dignos da confiança da sociedade. Mas a roubalheira que estava instalada nos cofres públicos, tanto na Prefeitura como na Câmara, necessitava ser estancada. E apenas o remédio da intervenção era capaz de fazê-lo neste momento”. Por isto mesmo, entende Geraldo Melo, que o prazo de intervenção na Mesa da Câmara é “longo para o seu propósito. Não podemos imaginar a sobrevida desse remédio além de três ou quatro meses”.O ex-prefeito de Jaboatão lembrou ainda a época em que a prefeitura viveu uma explosão de investimentos urbanos, “com a construção de mais de dois milhões de metros quadrados em obras financiadas pelo Projeto Cura, que eu tive a oportunidade de gerir. Agora, o município vive a tragédia de ter sua capacidade financeira dilapidada pela atuação criminosa de administradores irresponsáveis”. (Graça Gouveia)