Sérgio aceita unificação mas questiona processo “A nomeação de um general do Exército para a Secretaria de Defesa Social é um retrocesso”, declarou ontem o líder do PT na Assembléia Legislativa, deputado Sérgio Leite. Ele completou que, mesmo com o respeito que nutre pela pessoa do general Adalberto Cruz, não pode deixar de considerar que este não tem experiência para ocupar o cargo. “Quero deixar claro que a reestruturação da Secretaria de Segurança Pública, transformada em Defesa Social, foi feita à revelia dos servidores da instituição”, enfatizou o parlamentar, denunciando que este processo foi instituído de forma “autoritária” pelo Governo Jarbas Vasconcelos.A polêmica da unificação das polícias Civil e Militar foi reacendida ontem no pronunciamento do deputado, que se diz a favor da medida, embora questione a formato proposto pelo Governo para o funcionamento da Secretaria. Com o conhecimento da causa dos policiais civis do Estado, sendo ele próprio servidor vinculado à Polícia Civil, Sérgio Leite falou também da insatisfação da categoria diante do b aixo investimento do Governo na reestruturação das polícias. “Não temos uma perspectiva de melhora na segurança do Estado, ainda mais porque o Governo destinou apenas R$ 518 mil reais mensais para as atividades da Secretaria, o que é definitivamente insuficiente”, afirmou Aparte O deputado Antônio Moraes (PSB), que comandou por três anos a Secretaria de Segurança Pública no Governo Miguel Arraes, fez um aparte ao pronunciamento do deputado petista concordando que a indicação de um general para a Secretaria de Defesa Social foi equivocada. “O general vai ter dificuldades para coordenar uma estrutura tão inchada”, reforçou. Já Sebastião Rufino (PFL) declarou que não vê o modelo de reestruturação das polícias como autoritário, acrescentando que o processo está aberto às sugestões da sociedade. “A Secretaria só está funcionando há dois meses. Ainda é cedo para julgar seu desempenho”, disse.Servidores Outro assunto apresentado pelo deputado Sérgio Leite foi a situação do funcionalismo público estadual. “Os s ervidores públicos de Pernambuco passam pelo pior momento de sua história”, declarou o parlamentar, cobrando do Governo um pronunciamento sobre a situação dos servidores, que ainda não receberam o salário de dezembro. “Sabemos que o Governo tem caixa para fazer este pagamento, mas prefere ficar protelando”, concluiu. (Carolina Flores)