Jorge Gomes pede um basta à farsa e submissão do País O deputado Jorge Gomes (PSB) estreou, ontem, na tribuna da Assembléia Legislativa, manifestando a sua apreensão com a situação de submissão à globalização da economia e de desnacionalização do Brasil, que “gera as mais graves deformações sociais do nosso século”.Depois de analisar sua experiência como vice-governador, o parlamentar disse que voltava ao Poder Legislativo com a disposição de lutar pelos interesses maiores do Estado: “Mesmo tendo sido parte do poder que não pôde resolver todos os problemas, farei deste meu retorno a retomada das grandes causas do nosso povo. Eles são superiores aos limites de Pernambuco e do Nordeste”.Para definir sua linha de Oposição ao Governo federal, Jorge Gomes anunciou que vai “juntar a sua voz aos que clamam pela lucidez do poder em Brasília, dos que pedem um basta à nossa submissão à globalização da economia, uma farsa imposta pelo capital internacional aos países periféricos, mais e mais condenada por vozes que vão de Fidel Castro ao Papa João Paulo II”.– Volto para s omar minha voz aos que dizem que a desnacionalização do Brasil gera as mais graves deformações sociais do nosso século. Entre essas deformações, o desemprego sem retorno. O Brasil cria um grande exército de reserva de mão- de-obra, com um complicador novo: não há no cenário econômico nacional nada que aponte para um mercado absorvedor desse exército de reserva a curto, médio ou longo prazos. O que significa dizer: estamos fazendo crescer os barris de pólvora de uma sociedade agredida em seus direitos mais elementares” advertiu.Limites do Executivo – Segundo Jorge Gomes, o primeiro mandato de deputado estadual e sua passagem na Vice-Governadoria contribuem para uma melhor compreensão dos limites do Poder Executivo: “Hoje tenho mais motivos para cobrar do atual Governo, com maior percepção dos limites do Executivo, porque durante quatro anos estive do lado de lá e convivi com os graves problemas de Pernambuco. Problemas que permanecem porque parte da grande crise nacional. Feita de endividamento interno e exter no. Feita de juros extorsivos. Feita de alienação da soberania nacional. Feita de fragilização do corpo federativo, onde estados são forçados a mendigar ou se submeter a retaliações do Poder Central em Brasília quando ousam levantar a voz e remeter a consciência nacional ao dever de atender primeiro a fome e só depois ao capital internacional”.