João Paulo expressa apoio à intervenção A intervenção em Jaboatão foi analisada ontem no Plenário pelo deputado João Paulo, que considerou a decisão do governador Jarbas Vasconcelos conseqüência da “má condução política e administrativa” do prefeito afastado. “Isso gerou completou o parlamentar uma situação de descontrole político por parte do executivo municipal, terreno propício para medidas mais enérgicas como a intervenção decretada agora”.Na opinião do representante petista, o afastamento ocorreu após mobilizações de servidores municipais e movimentos populares em luta “por moralidade administrativa, respeito aos direitos do funcionalismo e atendimento às demandas sociais, esquecidas pelo gestão do prefeito eleito”.
Realçando o apoio dos mais diversos segmentos à intervenção, acrescentou: “Isso confirma o forte anseio da população por novos rumos para uma cidade da importância econômica e política que tem Jaboatão em nosso Estado”.No entanto, João Paulo estranhou alguns pontos do decreto governamental, especialmente o tempo de intervençã o estipulado e a forma de gestão determinada, argumentando que o Tribunal de Contas do Estado “indica um tempo não inferior a um ano, enquanto o governador Jarbas Vasconcelos estipulou dois anos sem uma consulta mais ampla aos setores organizados locais”. Diante disso ele propõe referendo popular após o primeiro ano, cabendo à população sobre a continuidade ou não.Insistindo em que a população não pode ficar fora do processo, João Paulo apresentou alguns “mecanismos democráticos” que poderão ser aplicados naquele município, entre os quais: o interventor administrar ouvindo um Conselho Político Permanente; implantação de um Orçamento Participativo; prestação de contas a cada dois meses; apresentação de um diagnóstico da atual situação tanto da Prefeitura quanto da Câmara Municipal à população da forma mais pública e transparente possível. (Antônio Azevedo)