Alepe - Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco

1. RELATÓRIO

1.1- Vem a esta Comissão de Educação e Cultura, Projeto de Lei Ordinária nº.
1035/2012, de autoria do Antônio Moraes para análise e emissão de parecer;

1.2- A proposição em discussão já recebeu parecer favorável no âmbito da
primeira comissão a quem compete analisar a constitucionalidade e legalidade da
matéria, e que terá como base no Substitutivo 001/2013 da CCLJ.

2. PARECER DO RELATOR

2.1- O presente projeto de lei visa denominar o Centro Cultural Capiba, à
antiga Estação Ferroviária do Recife, reformada pela Fundação do Patrimônio
Histórico e Artístico de Pernambuco (FUNDARPE).

2.2 – De acordo com a justificativa do autor, in verbis:

Entendemos que, nenhuma reinvindicação é mais justa e oportuna do que esta, de
homenagear, através da fixação de seu nome artístico a um bem público, a
lembrança permanente de um pernambucano ilustre, cuja vida dedicou a
preservação das nossas mais legítimas tradições culturais.
No desenrolar da história de um povo, cada época é marcada por personagens cujo
brilho engrandece as nossas mais legitimas tradições. São criaturas celebres
como o compositor Capiba, que vão através dos tempos, plasmando os valores mais
elevados, para com eles o nosso Estado firmar a base que sustentará a formação
das gerações que se sucedem no tempo.
Para ilustrar ainda mais a presente justificativa passamos a transcrever alguns
dados da biografia da personalidade a ser merecidamente homenageada:
Biografia: Capiba é filho de uma família de músicos (seu pai foi maestro da
banda Municipal de Surubim) e aos oito anos de idade já tocava trompa. Ainda
criança mudou-se com a família para o Estado da Paraíba.
Chegou a jogar como zagueiro no Campinense Club, porém abandonou os gramados e
aos 20 anos de idade gravou seu primeiro disco.
Com 26 anos de idade, mudou-se para o Recife. Aprovado em concurso público,
tornou-se funcionário do Banco do Brasil.
Em 1938 formou-se em Direito na lendária Faculdade de Direito do Recife.
Atuações:
Fundador e Diretor da Orquestra Jazz Band Acadêmica.
Diretor do Teatro do Estudante e do Teatro Popular do Nordeste.
Obra: Capiba escreveu mais de 200 canções, em sua maioria frevo, mas também
samba e música erudita. Várias são sempre lembradas nos carnavais de Pernambuco.
Uma de suas canções carnavalescas mais famosas é “É de amargar”. Ela foi
vencedora de um festival de frevo em Pernambuco, em 1934. Entre outros prêmios
em 1967 conquistou o 5º lugar no Segundo Festival Internacional da canção, com
a música “São os do Norte que vêm”.
Parceiros: Capiba teve diversos parceiros nas suas composições.
Alguns deles: Carlos Pena Filho, Fernando Lobo, Carlos Drumond de Andrade,
Manuel Bandeira, Vinicius de Moraes, Ariano Suassuna, João Cabral de Mello
Neto, Ascenso Ferreira e Jorge de Lima.
Algumas Composições: Valsa Verde (1931), É de tororó (1932), É de amargar
(1934), Quem vai pro Farol
é o bonde de Olinda (1937), Guerreiro de Cambinda (1938), Gosto de te ver
cantando (1940), Linda Flor da Madrugada (1941), Quem Dera (1942), Maria
Betânia (1944), Não aguento mais (1947), É Luanda (1949), Olinda Cidade Eterna
(1950) e Madeira que Cupim Não Rói (1963).
Ante a justiça em se prestar homenagem a Capiba e a relevante importância da
matéria, confio no apoio dos meus Pares à aprovação deste projeto de lei.

Ante ao exposto, em conformidade com o artigo 99, II, do Regimento Interno
opinamos no sentido de que seja aprovado o Projeto de Lei Ordinária nº.
1035/2012, de autoria do deputado Antônio Moraes, tendo como base o
Substitutivo 001/2013 da CCLJ.

Sala da Comissão de Educação e Cultura, em 20 de Março de 2013.

Presidente: Teresa Leitão.
Relator: Teresa Leitão.
Favoráveis os (3) deputados: Francismar Pontes, Julio Cavalcanti, Raquel Lyra.
Favoráveis com restrições os (0) deputados: .
Contrários os (0) deputados: .

Presidente
Teresa Leitão
Efetivos
Francismar Pontes Gustavo Negromonte	Julio Cavalcanti Terezinha Nunes
Suplentes
Adalto Santos Antônio Moraes Mary Gouveia	Raimundo Pimentel Raquel Lyra

Autor: Teresa Leitão