
Confere ao Município de Abreu e Lima o Título Honorífico de Capital dos Evangélicos de Pernambuco.
Texto Completo
Art. 1º Fica conferido ao Município de Abreu e Lima o Título Honorífico de
Capital dos Evangélicos de Pernambuco.
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Capital dos Evangélicos de Pernambuco.
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Autor: Bispo Ossésio Silva
Justificativa
No município de Abreu e Lima na Região Metropolitana do Recife, quase 40% da
população segue alguma das denominações Evangélicas, segundo o censo do IBGE.
Abreu e Lima, cidade considerada Capital dos Evangélicos está localizado, a
20 quilômetros da capital, o município tem 95, 1 mil moradores, dos quais quase
40% são evangélicos. O percentual é quase o dobro da média nacional, segundo o
censo do IBGE.
Segundo matéria do Diário de Pernambuco, Abreu e Lima (PE) é conhecida como a
cidade dos evangélicos.
A recepção festiva de Vandeílton Souza ou Vando Benção, como é mais conhecido,
39 anos, explica, em parte, porque a Assembleia de Deus, em Abreu e Lima,
município da Região Metropolitana a 20 quilômetros do Recife, congrega tantos
fiéis. Após uma rápida oração, Vando, o presbítero que costuma pregar nas
praças e comunidades, nos apresenta um templo majestoso, com dezenas de
mulheres sentadas ou ajoelhadas diante dos bancos. São 11h. Uma quinta-feira.
Mas todas rezam ou choram, algumas em voz alta. Mas ninguém parece se
incomodar. Elas não se preocupam nem mesmo quando uma senhora entra gritando
aleluia entre outras palavras inaudíveis. É sinal de alegria, consideram. A
imponência de um lugar que abriga 2,5 mil pessoas sentadas e outras tantas em
pé tem razão de ser: em Abreu e Lima, 31,09% da população segue alguma das
denominações evangélicas existentes. Na Capital dos evangélicos em
Pernambuco, os nomes bíblicos tomam conta dos pontos comerciais, assim como as
roupas compostas e sociais vestem seus moradores.
Eudes Pereira, 42, é de uma família tradicional de evangélicos do município. A
história do clã se confunde com a da própria expansão da religião em Abreu e
Lima. Na década de 40, o avô materno dele já era evangélico. Teve cinco filhos,
um deles a mãe de Eudes, que teve mais nove filhos e 13 netos. Hoje, apenas um
desses filhos e um neto não seguem a religião, mas até as cunhadas e cunhados
são evangélicos. Naquela época meu avô trabalhava na Fábrica de Tecidos
Paulista, da família Lundgren. Como eram poderosos e católicos, não permitiam
os cultos no município. Daí as pessoas começaram a ir para Abreu e Lima, que é
vizinho a Paulista, explica.
A tese é confirmada pelo bispo e cientista político Robinson Cavalcanti.
Segundo ele, os Lundgren eram protestantes na Europa e ao chegarem ao Brasil
tomaram conhecimento de que a Igreja Católica Romana era a religião das elites.
Por isso se converteram ao catolicismo e construíram um templo de arquitetura
luterana, em Paulista, onde reinavam com sua indústria de fiação e tecelagem e
praticamente proibiam templos protestantes em seu território, destaca.
Outra explicação de Cavalcanti para o crescimento da fé evangélica em Abreu e
Lima é o fato do deputado Torres Galvão, que também era líder do Sindicato de
Fiação e Tecelagem e membro da Assembleia de Deus, ter sido governador interino
de Pernambuco entre a morte de Agamenon Magalhães e a eleição de Etelvino Lins.
Respeito mútuo Os seguidores das várias doutrinas evangélicas encontradas em
Abreu e Lima convivem pacificamente, apesar de algumas serem consideradas mais
flexíveis e menos conservadoras que outras. A prova disso é que bairros pobres
e conhecidos pela violência, como o do Fosfato, abrigam diversos templos de
denominações diferentes. Em comum, todos têm uma forte crença em Deus e na
resolução dos próprios problemas. A pregação dos evangélicos vai diretamente
ao indivíduo, pois diz: você pecador, está salvo. Esse contato pessoal a
Igreja Católica perdeu no Brasil e no mundo e isso explica a expansão dos
evangélicos, explica Biu Vicente, professor doutor do Departamento de História
da Universidade Federal de Pernambuco.
Diante do exposto, considerando-se a importância do Município de Abreu e Lima
os Evangélicos do nosso Estado, bem como a necessidade de homenagear com o
Título de Capital dos Evangélicos em Pernambuco, a todos de Abreu e Lima, de
nascimento e de coração, na qualidade de Representante do Povo Evangélico na
Casa de Joaquim Nabuco e por uma questão de justiça, e não havendo obstáculos
para sua propositura, espero contar com o apoio dos nobres colegas Deputados
para a aprovação do presente Projeto de Lei.
população segue alguma das denominações Evangélicas, segundo o censo do IBGE.
Abreu e Lima, cidade considerada Capital dos Evangélicos está localizado, a
20 quilômetros da capital, o município tem 95, 1 mil moradores, dos quais quase
40% são evangélicos. O percentual é quase o dobro da média nacional, segundo o
censo do IBGE.
Segundo matéria do Diário de Pernambuco, Abreu e Lima (PE) é conhecida como a
cidade dos evangélicos.
A recepção festiva de Vandeílton Souza ou Vando Benção, como é mais conhecido,
39 anos, explica, em parte, porque a Assembleia de Deus, em Abreu e Lima,
município da Região Metropolitana a 20 quilômetros do Recife, congrega tantos
fiéis. Após uma rápida oração, Vando, o presbítero que costuma pregar nas
praças e comunidades, nos apresenta um templo majestoso, com dezenas de
mulheres sentadas ou ajoelhadas diante dos bancos. São 11h. Uma quinta-feira.
Mas todas rezam ou choram, algumas em voz alta. Mas ninguém parece se
incomodar. Elas não se preocupam nem mesmo quando uma senhora entra gritando
aleluia entre outras palavras inaudíveis. É sinal de alegria, consideram. A
imponência de um lugar que abriga 2,5 mil pessoas sentadas e outras tantas em
pé tem razão de ser: em Abreu e Lima, 31,09% da população segue alguma das
denominações evangélicas existentes. Na Capital dos evangélicos em
Pernambuco, os nomes bíblicos tomam conta dos pontos comerciais, assim como as
roupas compostas e sociais vestem seus moradores.
Eudes Pereira, 42, é de uma família tradicional de evangélicos do município. A
história do clã se confunde com a da própria expansão da religião em Abreu e
Lima. Na década de 40, o avô materno dele já era evangélico. Teve cinco filhos,
um deles a mãe de Eudes, que teve mais nove filhos e 13 netos. Hoje, apenas um
desses filhos e um neto não seguem a religião, mas até as cunhadas e cunhados
são evangélicos. Naquela época meu avô trabalhava na Fábrica de Tecidos
Paulista, da família Lundgren. Como eram poderosos e católicos, não permitiam
os cultos no município. Daí as pessoas começaram a ir para Abreu e Lima, que é
vizinho a Paulista, explica.
A tese é confirmada pelo bispo e cientista político Robinson Cavalcanti.
Segundo ele, os Lundgren eram protestantes na Europa e ao chegarem ao Brasil
tomaram conhecimento de que a Igreja Católica Romana era a religião das elites.
Por isso se converteram ao catolicismo e construíram um templo de arquitetura
luterana, em Paulista, onde reinavam com sua indústria de fiação e tecelagem e
praticamente proibiam templos protestantes em seu território, destaca.
Outra explicação de Cavalcanti para o crescimento da fé evangélica em Abreu e
Lima é o fato do deputado Torres Galvão, que também era líder do Sindicato de
Fiação e Tecelagem e membro da Assembleia de Deus, ter sido governador interino
de Pernambuco entre a morte de Agamenon Magalhães e a eleição de Etelvino Lins.
Respeito mútuo Os seguidores das várias doutrinas evangélicas encontradas em
Abreu e Lima convivem pacificamente, apesar de algumas serem consideradas mais
flexíveis e menos conservadoras que outras. A prova disso é que bairros pobres
e conhecidos pela violência, como o do Fosfato, abrigam diversos templos de
denominações diferentes. Em comum, todos têm uma forte crença em Deus e na
resolução dos próprios problemas. A pregação dos evangélicos vai diretamente
ao indivíduo, pois diz: você pecador, está salvo. Esse contato pessoal a
Igreja Católica perdeu no Brasil e no mundo e isso explica a expansão dos
evangélicos, explica Biu Vicente, professor doutor do Departamento de História
da Universidade Federal de Pernambuco.
Diante do exposto, considerando-se a importância do Município de Abreu e Lima
os Evangélicos do nosso Estado, bem como a necessidade de homenagear com o
Título de Capital dos Evangélicos em Pernambuco, a todos de Abreu e Lima, de
nascimento e de coração, na qualidade de Representante do Povo Evangélico na
Casa de Joaquim Nabuco e por uma questão de justiça, e não havendo obstáculos
para sua propositura, espero contar com o apoio dos nobres colegas Deputados
para a aprovação do presente Projeto de Lei.
Histórico
Sala das Reuniões, em 25 de abril de 2018.
Bispo Ossésio Silva
Deputado
Informações Complementares
Status | |
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Situação do Trâmite: | Enviada p/Publicação |
Localização: | Publicação |
Tramitação | |||
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1ª Publicação: | 27/04/2018 | D.P.L.: | 11 |
1ª Inserção na O.D.: | 22/05/2018 |
Sessão Plenária | |||
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Result. 1ª Disc.: | Data: | ||
Result. 2ª Disc.: | Data: |
Resultado Final | |||
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Publicação Redação Final: | Página D.P.L.: | 0 | |
Inserção Redação Final na O.D.: | |||
Resultado Final: | Aprovada | Data: | 22/05/2018 |
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Tipo | Número | Autor |
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Parecer Aprovado | 6305/2018 | Antônio Moraes |