
Concede a Medalha de Mérito Democrático e Popular Frei Caneca a Dom Genival Saraiva de França, Bispo da Diocese de Palmares, mata sul pernambucana.
Texto Completo
Art. 1º Fica concedida a Medalha do Mérito Democrático e Popular FREI CANECA,
consoante dispõe a Resolução nº 855, de 28 de fevereiro de 2008, a Dom Genival
Saraiva de França, Bispo da Diocese de Palmares.
Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário.
consoante dispõe a Resolução nº 855, de 28 de fevereiro de 2008, a Dom Genival
Saraiva de França, Bispo da Diocese de Palmares.
Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário.
Autor: Henrique Queiroz
Justificativa
A Medalha do Mérito Democrático e Popular Frei Caneca, concedida aos que
lutam pela defesa dos ideais democráticos e igualdade de direitos, conforme o
honrado Frei Caneca deu em exemplos durante sua vida para o estado e para o
país. O reconhecimento ora concedido a Dom Genival Saraiva de França, é prova
inconteste das largas ações que o atual Bispo de Palmares tem tomado durante
toda sua trajetória como homem forte da religião católica nordestina. Paraibano
de Alcantil - PB, nascido em dia 03 de abril de 1938. Frequentou a Escola
Apostólica dos Padres Salesianos, em Jaboatão dos Guararapes, em 1951,
submetendo-se ao exame de admissão ao Ginásio. Cursou o primeiro ano ginasial
no Seminário de Olinda, em1952; transferiu-se em 1953, para o Seminário
Arquidiocesano da Paraíba, em João Pessoa, onde fez os estudos de nível médio e
o curso de Filosofia. Cursou a Teologia no Seminário Maior de Viamão RS,
concluindo-o em 1964. Recebeu a Ordenação Sacerdotal na Catedral de Campina
Grande, no dia 1º de janeiro de 1965. Completou sua formação acadêmica com o
curso de Licenciatura em Filosofia, na Universidade Católica de Pernambuco, em
1970, e Mestrado em Pedagogia na Pontifícia Universidade Salesiana de Roma, no
período de 1978 a 1981. Atualmente ocupa o Bispado da Diocese de Palmares. É um
pastor respeitado junto a comunidade católica. É o grande e bom pastor da Mata
sul de Pernambuco. Além das funções religiosas, Dom Genival tem posições firmes
acerca da democracia, da igualdade de direitos, da liberdade de expressão, do
respeito e da democracia plena, geral e irrestrita. Colabora com diversos
veículos de comunicação, e para destaque, conheçamos na íntegra sua reflexão
sobre a data que marca a Independência do maior país da América Latina, e a
importância desta data para que as gerações de hoje conheçam as pessoas e o
contexto que contribuíram para a afirmação da soberania nacional:
Via de regra, em cada país, existe um sentimento especial no coração do povo,
ao comemorar-se sua data nacional. No Brasil, a cada ano, entre os eventos
cívicos, com maior destaque no calendário nacional, está a Semana da Pátria,
com programação preparatória da comemoração do Dia da Independência.
As pessoas mais antigas conservam na memória as reminiscências de sua
participação, na vila do interior, na sede do Município, na cidade vizinha ou
na capital de seu Estado, antes como colegiais desfilando pelas ruas e,
posteriormente, como espectadoras atentas e vibrantes.
Há sempre um quê de encantamento nos desfiles do Dia da Independência, no olhar
de crianças, na participação dos jovens, na leitura dos adultos e na visão dos
idosos. A rigor, a maior parte da população se identifica com a comemoração do
Dia da Pátria, sobretudo, devido às raízes de sua formação cívica e ao cultivo
de valores que estão contidos nos símbolos nacionais.
A face da história está muito presente, através de personagens portuguesas e
brasileiras e de relatos de sua intervenção na costura dos acontecimentos que
culminaram com a proclamação da Independência do Brasil.
É importante que as gerações de hoje conheçam as pessoas e o contexto que
contribuíram para a afirmação da soberania nacional. Um povo sem a memória de
feitos que foram escritos com heroísmo, no passado, por homens e mulheres
conscientes de sua participação na conquista da cidadania, pode tornar-se frio
diante dos desafios e apelos da pátria, no presente, e, por isso, comportar-se
com indiferença, ante sua responsabilidade perante o amanhã de sua nação.
Embora a expressão afetiva seja uma das facetas mais marcantes da participação
popular nas comemorações da Independência, não pode ser a única, tampouco deve
inibir outras formas de manifestação da cidadania; antes, deve suscitar
linguagens conscientizadoras de participação cidadã.
Nesse sentido, há dezesseis anos, realiza-se o Grito dos Excluídos que,
embora seja melhor trabalhado por Movimentos Sociais e Pastorais Sociais, tem
também um alcance popular, pelo processo educativo, de que se reveste, sempre à
luz de um tema específico, como o deste ano Vida em primeiro lugar! Onde
estão nossos direitos? Vamos às ruas construir um projeto popular. O Grito dos
Excluídos consiste num conjunto de manifestações no dia da Pátria, sete de
setembro, com o objetivo de atrair a atenção da sociedade para a crescente
exclusão social.
O conhecimento da realidade brasileira, nos seus diversos aspectos, é um
elemento essencial para uma participação da população na construção da
cidadania; o censo demográfico, que está sendo efetuado, nesses dias,
atualizará dados que são extremamente importantes para a definição das
políticas públicas e da contribuição da sociedade civil e de seus diversos
segmentos, na direção de seu desenvolvimento.
A população deve conhecer o seu retrato real que, apesar de séculos de
Independência, continua muito marcado pelos traços da dependência e da
desigualdade, em matéria de pobreza, moradia, direito à educação, à saúde, ao
mercado de trabalho e a outros bens essenciais da cidadania.
O censo, coincidentemente, se realiza durante o período eleitoral; os eleitos,
dentre os atuais candidatos a cargos executivos e a funções legislativas,
deverão utilizar os seus dados na formulação de políticas que respondam às
reais necessidades da população, em suas respectivas áreas de atuação.
Portanto, a comemoração da Independência do Brasil interessa a todos os
brasileiros, uma vez que, da conquista histórica de 1822, se registram em 2010
muitas aspirações da população ainda não realizadas e tantos direitos não
alcançados!
Dom Genival Saraiva - Bispo da Diocese de Palmares (PE)
Logo, em apenas um de seus milhares textos que traduzem as reflexões sociais,
podemos afirmar seguramente por tantos outros relatos, entrevistas e a sua
pregação cotidiana, que a função religiosa que ora ocupa não é exercida
unicamente pelo amor que tem à sua Igreja, mas, acima de tudo, pelo amor que
tem ao ser humano. Suas posições nos recordam a visão progressista do
inesquecível Dom Helder Câmara, que lutou bravamente em prol do Homem,
sobretudo o nordestino. Dom Genival Saraiva de França demonstra através de seus
exemplos, atitudes que muito engrandecem nosso estado, resgatando e despertando
a auto-estima de nosso povo. Na tragédia das chuvas em 2010, a primeira medida
deste grande Bispo foi abrir as dependências da Igreja e salvaguardar a
população atingida. Sua voz ecoou para todo o país. Sua grandeza em defender e
lutar pelos flagelados das águas foi à tábua de esperança de homens e mulheres.
Jovens e idosos. Brancos e Negros. Todos filhos de Deus que tinham e têm na
figura de Dom Genival Saraiva de França, o baluarte em defesa da vida.
Histórico
Sala das Reuniões, em 3 de fevereiro de 2011.
Henrique Queiroz
Deputado
Informações Complementares
Status | |
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Situação do Trâmite: | Concluída e Arquivada |
Localização: | Arquivo |
Tramitação | |||
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1ª Publicação: | 08/02/2011 | D.P.L.: | 8 |
1ª Inserção na O.D.: | 22/03/2011 |
Sessão Plenária | |||
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Result. 1ª Disc.: | Data: | ||
Result. 2ª Disc.: | Data: |
Resultado Final | |||
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Publicação Redação Final: | Página D.P.L.: | 0 | |
Inserção Redação Final na O.D.: | |||
Resultado Final: | Aprovada | Data: | 22/03/2011 |
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