A secretária estadual de Saúde, Zilda Cavalcanti, apresentou nesta quarta o relatório de gestão referente ao primeiro quadrimestre de 2025. A audiência pública foi realizada pela Comissão de Saúde da Alepe e teve a participação de deputados, servidores da Secretaria da Saúde, representantes do poder público e da sociedade civil.
De acordo com Zilda Cavalcanti, de janeiro a abril, o total de despesas da pasta foi de 3,2 bilhões de reais. Desse total, 2 bilhões vieram de recursos próprios do Estado e o restante do Sistema Único de Saúde. Desta forma, houve aplicação de 14,9% das receitas do período na área da saúde, mais que o mínimo de 12%, obrigatório segundo a legislação federal.
Zilda Cavalcanti ressaltou o empenho da secretaria em medidas para diminuir o tempo de espera por cirurgias e exames. “A gente vem aqui trazer várias questões novas na saúde, números que são números otimistas, inclusive de um trabalho feito com muito compromisso no sentido de redução de fila de cirurgia, redução de 50% da fila de tomografia, redução de cerca de 30% da fila de ressonância, contrato de manutenção dos hospitais, dois seis grandes.”
A secretária também destacou a criação de 1.956 novos leitos, um crescimento de 27% em comparação com março de 2022. E apontou incrementos de 60% no número de transplantes e de 23% no de consultas, sempre na comparação com os primeiros meses de 2022.
O presidente da Comissão de Saúde, deputado Sileno Guedes, do PSB, questionou a secretária a respeito de tópicos como a reforma no Hospital da Restauração, a ativação da UPAE de Goiana, na Mata Norte, e o encerramento do Hospital Jesus Nazareno, em Caruaru, no Agreste Central. A secretária detalhou o cronograma de reformas da Restauração e afirmou que a Gerência Regional de Saúde que opera no prédio destinado à UPAE de Goiana será instalada em outro local. Já em relação aos leitos do Hospital Jesus Nazareno, a gestora disse que o serviço migrou para o Hospital da Mulher, equipamento com mais estrutura para atender casos complexos.
Na avaliação de Sileno Guedes, para além da apresentação dos dados, a audiência foi importante para trazer à tona condições negativas do atendimento de saúde em Pernambuco. “A secretária cumpre a formalidade de trazer o relatório e discutimos aqui questões que extrapolam o relatório, na verdade, que é a precariedade do sistema de saúde em Pernambuco, que é a dificuldade que a população tem de ter acesso aos serviços de saúde.”
Também participaram da audiência os deputados William Brigido, do Republicanos; Cayo Albino, do PSB; Socorro Pimentel e Romero Sales Filho, ambos do União; Gilmar Júnior, do PV e João Paulo, do PT. Ao final da audiência, servidores da Apevisa, a Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária, pediram a palavra para reivindicar a criação de uma gratificação para os fiscais do órgão.