O tema principal da Reunião Plenária dessa quinta foi a retirada dos profissionais cubanos do Programa Mais Médicos. A deputada Teresa Leitão, do PT, criticou o que chamou de tom desrespeitoso do presidente eleito Jair Bolsonaro para com os estrangeiros que estavam desde 2013 prestando serviços de atenção à saúde. Ela considerou falta de visão política e descaso com o povo brasileiro os posicionamentos de Bolsonaro que levaram o Governo de Cuba ao rompimento do contrato com o SUS. “ Por que esse programa foi criado? Pela necessidade de dar assistência à saúde, sobretudo à saúde básica nas populações ribeirinhas das florestas, nas populações indígenas, nas populações quilombolas e nos municípios longínquos dos grandes centros urbanos para onde os médicos brasileiros não queriam ir e continuam sem querer ir. Hoje os jornais voltam à questão mostrando o esvaziamento dos postos de saúde no município de Brejo da Madre de Deus, que nem é tão distante assim, é no Agreste. Como é que vai ficar Manari, por exemplo? Como é que vai ficar Afrânio?”
A deputada Laura Gomes, do PSB, também se queixou sobre o assunto. Fez elogios ao modelo de assistência à saúde desenvolvido pelo SUS nos últimos 3o anos e disse que é preciso reforçar o acesso democrático aos serviços. Laura destacou, ainda, o projeto de lei de sua autoria que cria o Dia Estadual do Mediador de Conflito Comunitário. “A gente criou essa data para refletir sobre a importância da mediação de conflitos na comunidade. É a mesma teoria e o mesmo foco de atenção básica. É no SUAS, o Sistema Único de Assistência Social, que também lida com a prevenção dos conflitos, a atenção básica.”
O deputado Joel da Harpa, do PP, defendeu o presidente eleito em relação à saída dos cubanos do Programa Mais Médicos. O parlamentar disse que a atuação dos profissionais estrangeiros configurava trabalho escravo no Brasil, já que Cuba ficava com 70% do rendimentos obtidos. Para ele, os postos de trabalho que ficaram vazios representam oportunidades para médicos brasileiros participarem da iniciativa. Joel da Harpa defendeu, ainda, a liberação das armas, outra bandeira do novo Governo. “Eu acho que o povo brasileiro não aguenta mais ver arma na mão de bandidos e o cidadão de bem ficando à mercê da criminalidade muito bem armada.”
O deputado Tony Gel, do MDB, destacou a necessidade de obras de manutenção nas barragens de represamento de água, para evitar situações de risco à população e ao meio ambiente. O parlamentar disse que encaminhou, no ano passado, ofício ao presidente da República e a outras autoridades pedindo esclarecimentos sobre a situação da Barragem de Jucazinho, construída há 20 anos no Agreste pernambucano. “ A barragem foi construída com sistema de concreto compactado a rolo. Passado esse tempo é necessário que se faça uma manutenção no paredão da barragem. Os técnicos identificaram que algumas pequenas obras deveriam ser feitas. Uma parte do serviço foi executado pelo Dnocs. Entretanto, ainda é necessário fazer manutenção nos vertedouros laterais, nas chamadas ombreiras e também na caixa de dissipação.”
O deputado Lucas Ramos, do PSB, falou sobre a Reunião Solene realizada na Alepe, na última quarta, em homenagem aos 50 anos do Comitê Pernambuco-Georgia. A parceria com o Estado americano trouxe benefícios em diversas áreas. Exemplo foi o treinamento de profissionais do Corpo de Bombeiros de Pernambuco por agentes da polícia e das Forças Armadas dos Estados Unidos para atuar na Copa das Confederações, em 2013. Houve também intercâmbio de informações entre a Universidade Estadual da Georgia e a Universidade de Pernambuco, para a criação de novos cursos de graduação e pós-graduação no Estado, entre outras ações. “Fundado em novembro de 1968, esse comitê tem por objetivo a troca de experiências, de conhecimento e de vivência desses dois Estados tão importantes para a economia e para o desenvolvimento social de cada um dos seus respectivos países.” O Termo de Cooperação do Comitê Pernambuco-Georgia tem o objetivo de garantir melhor qualidade de vida e mais oportunidades para as populações dos dois Estados.