DESCASO – Familiares de professora apontam negligência médica. Foto: Jarbas Araújo

As condições do serviço prestado por planos de saúde em Pernambuco foram destaque na reunião plenária dessa terça. O assunto foi motivado pela presença, nas galerias, de amigos e familiares da professora Deborah Laise Alvez Pereira, que morreu no início de abril, após uma cesárea no Hospital Vasco Lucena, área central do Recife. Os manifestantes acusam a instituição de negligência médica. O Vasco Lucena é operado pela rede de planos de saúde HapVida. O deputado Joel da Harpa, do PTN, defendeu que a Alepe acompanhe o caso: “Trazendo Deborah como exemplo, que essa Casa possa abrir uma CPI. Que possa, sobretudo, cumprir o seu papel como tem cumprido, de fiscalizar.”

Além da CPI para investigar os planos de saúde, os parlamentares apoiaram a realização de uma audiência pública pela Comissão de Saúde, que foi acatada pela presidente do colegiado, deputada Roberta Arraes, do PSB. Terezinha Nunes, do PSDB, pediu mais empenho da Polícia Civil na investigação e punição dos culpados pela morte de Deborah. Em aparte, Rodrigo Novaes, do PSD, relembrou a instalação, em 2012, de uma Comissão Especial para discutir os direitos dos usuários de planos de saúde, e criticou a atuação da agência reguladora do segmento: “Eles não têm atuação. A gente só vê falar em ANS quando é para reajustar a tarifa do plano de saúde. Em casos como esse, de erro médico, de negligência, de inoperância ou falta de medicamento por parte de um hospital, a gente não vê uma palavra da Agência Nacional de Saúde.”

Odacy Amorim, do PT, Socorro Pimentel, do PSL, Simone Santana, do PSB, e Priscila Krause, do Democratas, solicitaram mais atenção com a assistência materno-infantil em Pernambuco, no âmbito público e privado. Também se manifestaram sobre o caso e prestaram solidariedade à família de Deborah os deputados Zé Maurício e Pastor Cleiton Collins, ambos do PP.