Em resposta à coletiva de imprensa realizada na última terça, que questionou o acúmulo de empréstimos solicitados pela gestão Raquel Lyra, a líder do governo na Alepe, Socorro Pimentel, do União, criticou a ação de deputados oposicionistas que decidiram acionar o Tribunal de Contas da União. Durante a reunião plenária desta quarta, a deputada esclareceu que, apesar dos 9,2 bilhões de reais autorizados, na prática, o valor não foi integralmente contratado e desembolsado. De acordo com ela, apenas 2,3 bilhões do montante total foram depositados nos cofres do Estado e desses, 2 bilhões já se encontram aplicados em medidas de infraestrutura. Além disso, a parlamentar negou a existência de irregularidades no manejo dos recursos e disse que a acusação é completamente infundada. “Não há desvio, não há irregularidade, não há má gestão. O que existe é uma tentativa clara, orquestrada e eleitoreira de transformar essa casa em um palanque, de distorcer dados técnicos, de plantar narrativas falsas, e de atacar um governo que tem trabalhado com seriedade.”
O deputado Antonio Coelho, do União, discordou das críticas. Ele reforçou a importância do Legislativo para fiscalizar os atos do Poder Executivo. Sobre a não execução de valores já contratados, Coelho denunciou haver uma ineficiência que compromete o desenvolvimento do Estado. “A demora na execução, por si só, já constitui um dano ao erário e ao povo de Pernambuco. É importante falar que, além de um descumprimento legal, além de ter sido desrespeitada a lei autorizativa, também foi desonrada a expectativa do Parlamento, com o desvirtuamento na aplicação de recursos públicos.”
Coronel Alberto Feitosa, do PL, condenou a gestão estadual por estar perdendo os prazos para o uso das verbas. Em resposta, Débora Almeida, do PSDB, argumentou que as críticas evidenciam, na verdade, divergências “essencialmente políticas”. “A oposição aqui não quer que a governadora Raquel Lyra tenha condições de realizar e concretizar aquilo que ela se comprometeu com o povo de Pernambuco. A gente está vendo é uma construção de narrativa, querendo se construir uma imagem que não é a verdadeira, que não é a real.”
Simone Santana, do PSB, comemorou o Dia Estadual do Brincar, instituído em 2016, por meio de projeto de lei de autoria dela. A deputada frisou que o direito ao brincar é fundamental para o desenvolvimento das crianças e condenou o acesso precoce e ilimitado às telas. A parlamentar declarou que os espaços públicos devem ter ambientes de recreação e defendeu o contato dos pequenos com a natureza. Simone também prestou solidariedade à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, em razão dos recentes insultos sofridos por ela em audiência no Senado.
João Paulo Costa, do PCdoB, apresentou projeto de lei para criação do “Auxílio Pernambuco Cuida”. O objetivo é dar suporte aos pais ou responsáveis de crianças com deficiência, com um valor de R$ 500,00 por mês, através do Fundo de Assistência Social. “A gente quer também dar um suporte aos pais, aos responsáveis que precisam, de fato, ter esse auxílio que vai ajudar bastante a sua dedicação diária para garantir um tratamento humanizado para essas pessoas.”
Coronel Alberto Feitosa, do PL, criticou a gestão do presidente Lula. Ele disse que o Brasil enfrenta problemas na área econômica e apresentou recordes de queimadas na Amazônia e de feminicídios. Também falou em aumento da inflação, do rombo fiscal, da taxa básica de juros e, mais recentemente, do IOF. “Quem paga o preço é todo brasileiro, porque sobe o dólar, cai a bolsa de valores, e o pobre que tá lá puxando a carrocinha, vendendo seu sanduíche, vendendo ali seu guaraná, ele pensa que aquilo não chega pra ele, mas chega, e chega de forma pesada, porque, como nós já dissemos aqui, o preço do alimento sobe, o preço da luz sobe, o preço do transporte público sobe.”