O voto do ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, durante o julgamento da tentativa de golpe de Estado repercutiu na reunião plenária desta quarta. O magistrado divergiu do relator do processo, ministro Alexandre de Moraes, ao apontar a incompetência da corte para analisar a ação e ao discordar da existência de um golpe. Coronel Alberto Feitosa, do PL, classificou como “sensatas e lúcidas” as palavras de Fux. “Pode ser que não adiante o voto de Fux, seu ponto de vista do resultado final, mas adianta para algumas medidas, como prever se ainda vá se fazer valer o regimento interno do STF que, em caso de divergência, cabe embargo de infringência. E esse embargo de infringência suspende os efeitos da pena restritiva de liberdade não só para o ex-presidente Bolsonaro, mas para todos os sete réus ali sendo julgados.”
Na mesma linha, Abimael Santos, do PL, afirmou que a “coerência” chegou ao STF. “Eu nunca vi golpe sem tiro, sem arma, sem exército na rua. E eu nunca vi, eu sei que a Bíblia era poderosa, mas eu nunca vi ninguém dar um golpe de estado com uma bíblia na cintura.”
Renato Antunes, do PL, classificou o julgamento como um “espetáculo circense” promovido pelo ministro Alexandre de Moraes. Para o parlamentar, o voto de Fux trouxe lucidez ao que chamou de “vexame histórico”. “E se o ministro Alexandre de Moraes tem aspiração política, ele deveria deixar a toga, filiar-se a um partido e submeter-se às urnas. Mas isso ele não faz porque não tem coragem.”
Luciano Duque, do Solidariedade, comemorou a aprovação, em segundo turno, do projeto de lei que autoriza a contratação de empréstimo de 1,5 bilhão de reais pelo Governo do Estado. “Cada aprovação feita aqui não é apenas um número no orçamento, é a tradução dos anseios da sociedade em ações concretas. Somos, de fato, a ponte entre as necessidades do povo pernambucano e as soluções do Poder Executivo.”
Já Renato Antunes lamentou a demora de quase 200 dias para votar a matéria. Em resposta, Cayo Albino, do PSB, lembrou que a Alepe já aprovou empréstimos anteriores que não foram contratados em sua totalidade. “Ou seja, estava lá o recurso pronto para ser usado e essa Casa em momento algum impediu. Nós, que fazemos parte da bancada de oposição, apenas queríamos garantir mais acesso à transparência, garantir que os recursos, de fato, pudessem chegar na ponta.”
Abimael Santos justificou o voto favorável, afirmando que o povo precisa de estradas seguras. Também ressaltou que a gestão tem aplicado os recursos de empréstimos anteriores de forma coerente.
Débora Almeida, do PSDB, comemorou que cerca de 2 mil e 300 novos policiais militares já estão nas ruas. Ela ressaltou, também, a entrega de quase seis mil pistolas e outros equipamentos para as forças de segurança. “Isso mostra a seriedade e o respeito que este Governo tem com quem protege o povo pernambucano. E os resultados já aparecem: Pernambuco acumula 16 meses consecutivos de redução de homicídio. Estamos vivendo o melhor momento da segurança pública nos últimos 20 anos.”
Socorro Pimentel, do União, destacou que, em 2025, a saúde pública estadual conta com o maior orçamento dos últimos 11 anos, calculado em R$12,2 bilhões. Ela enfatizou melhorias na estrutura da rede e disse que, desde 2023, já foram convocados mais de seis mil profissionais e cerca de três mil médicos residentes. “Abrimos 622 novos leitos, em 25 hospitais, incluindo leitos temporários para síndromes respiratórias aguda grave em crianças, que sazonalmente congestionam o sistema de saúde em nosso estado. Não podemos esquecer da infraestrutura dos seis grandes hospitais, que estão em reforma, com investimento de mais de R$ 84 milhões.”
Henrique Queiroz Filho, do PP, criticou a Neoenergia pelos cortes no fornecimento que afetam pequenos provedores de internet. Ele disse que a concessionária está realizando cobranças exorbitantes e práticas abusivas contra o segmento. “Essas ações têm gerado prejuízos coletivos gravíssimos. Quando a energia de um provedor é cortada de forma irregular, quando seus cabos são cortados de forma irregular, não é apenas a empresa que sofre: são escolas, hospitais, repartições públicas e famílias inteiras que ficam sem acesso à internet.”
Dani Portela, do PSOL, lamentou a morte de Alícia Valentina, de 11 anos, após ser espancada por colegas de escola em Belém de São Francisco, no Sertão de Itaparica. A parlamentar relembrou a busca da menina por tratamento em unidades de saúde e a confirmação da morte cerebral no Hospital da Restauração, no Recife, quatro dias após as agressões. “Imaginem vocês como se sente uma mãe que confiou a sua filha numa escola, às unidades de saúde e toda rede de cuidado e proteção coma sua filha em seu entorno falhou.”
A presença de uma bandeira gigante dos Estados em manifestação na Avenida Paulista no feriado da Independência do Brasil foi criticada pelo deputado João Paulo, do PT. Para ele, o ato simboliza “submissão” e “desprezo pelas lutas históricas do povo brasileiro”.
João Paulo Costa, do PCdoB, reforçou o apelo ao Governo do Estado para que inclua no programa PE na Estrada a PE-430, que liga São José do Belmonte, no Sertão Central, ao estado do Ceará. “Nós precisamos, além de tornar essa rodovia mais segura e garantir a requalificação para fortalecer a economia e permitir o escoamento da produção agrícola e industrial.”
Roberta Arraes, do PP, celebrou o aniversário de 97 anos de Araripina, no Sertão do Araripe. A parlamentar destacou a importância histórica da cidade para a região, enaltecendo a força do povo araripinense.