Pernambuco, 19 de março de 1917. Um grupo de jesuítas da Companhia de Jesus fundou no estado uma escola, com o compromisso de educar e evangelizar. Foi assim que nasceu o Colégio Nóbrega, que em 2017, completa 100 anos de criação. O aniversário foi celebrado em uma Reunião Solene nessa segunda, com a participação de ex-alunos, docentes e diretores. O deputado Zé Maurício, do PP, que solicitou a homenagem, declarou que para além da didática, o colégio também ensinava valores. “Quem, jamais, iria imaginar você levantar a voz para um professor? A escola tem um lugar muito importante, que é a formação do caráter. Então, cem anos é uma história, e merecia ter o reconhecimento do Parlamento pernambucano.”
O Colégio Nóbrega recebeu esse nome em homenagem ao português Manuel da Nóbrega, que tinha um trabalho relevante de evangelização na América. A primeira turma tinha apenas 93 estudantes, mas ao longo do tempo, a escola ganhou notoriedade em Pernambuco. Personalidades importantes para o estado já estudaram por lá, como o atual governador, Paulo Câmara, o senador Humberto Costa e o cantor Alceu Valença. O ex-coordenador pedagógico geral do colégio, Francisco Ferreira Rocha, afirma que a homenagem da Alepe é o reconhecimento do trabalho do Nóbrega na educação de Pernambuco. “Porque o Colégio Nóbrega marcou época, aqui na cidade do Recife, pela qualidade do ensino, pela excelência pedagógica. Tinha alunos de todas as regiões do Nordeste que estudavam aqui.”
A cerimônia contou com a apresentação do coral da Alepe, Vozes de Pernambuco. Um vídeo contando a história da instituição também foi veiculado. A deputada Teresa Leitão, do PT, que presidiu a reunião, ressaltou a responsabilidade com que a entidade executava o trabalho de educar. O Colégio Nóbrega encerrou as atividades em 2006, e os prédios onde funcionava agora são utilizados para aulas e cursos profissionalizantes do Liceu Nóbrega de Artes e Ofícios. Para os ex-alunos e funcionários, fica a saudade da escola, que tinha como lema “Em tudo, amar e servir”.