Insatisfeitos com a exploração de Portugal, com a crise das produções açucareira e algodoeira e influenciados pelas idéias iluministas, os pernambucanos resolveram, em seis de março de mil oitocentos e dezessete, dar início a um governo provisório.
Foi assim que surgiu a Revolução Pernambucana, movimento liderado por Domingos José Martins, Antônio Carlos de Andrada e Silva e pelo religioso Frei Caneca, que tinha como principal objetivo proclamar a República e reforçar a identidade regional.
Frei Joaquim do Amor Divino Rabelo Caneca participou ativamente do movimento atuando como conselheiro e acompanhando o exército republicano que marchava para o Sul da província com o objetivo de enfrentar as tropas do conde dos Arcos. Ainda durante a Revolução, foi secretário de governo e ficou exilado por quatro anos na Bahia.
Outros heróis como Cruz Cabugá, Padre Roma, Vigário Tenório e a primeira presa política brasileira, Bárbara de Alencar, participaram do movimento que influenciou o processo de independência do Brasil, proclamada cinco anos depois.
Por se tratar de uma ação histórica marcante, em novembro de dois mil e sete, numa consulta popular promovida pela Assembléia Legislativa, em parceria com o Instituto Histórico e Geográfico de Pernambuco, o seis de março foi escolhido por mais de cem mil pessoas para ser a Data Magna do Estado.
Comemorada pela primeira vez nesta quinta (seis de março), a iniciativa teve base na legislação federal que autoriza os estados a instituírem um feriado civil para a comemoração de seu dia mais significativo. (S.F.)