
RIMAS – O servidor Alexandre Moraes detalhou a versificação do cordel. Foto: Gabriel Costa
A história e a importância do cordel em Pernambuco foram tema da oficina de cordel promovida pela biblioteca da Alepe em parceria com a biblioteca do Ginásio Pernambucano na última quarta (18). O objetivo principal foi incentivar a leitura e valorizar a cultura Pernambucana junto aos alunos da instituição.
A oficina foi ministrada pelo corderlista e servidor da Alepe Alexandre Moraes, que contou a história do cordel e detalhou como funciona a construção de rimas e versos. Ele também recitou cordéis famosos para os alunos.
Segundo Alexandre Moraes, o evento é importante do ponto de vista pedagógico: “Venho como cordelista passar um pouco da minha experiência e produção. O cordel possibilita que em curto espaço de tempo se possa ir do conhecimento até a produção literária”, explicou.
Patrimônio
A literatura de cordel é um Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, reconhecida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 2018. Essa manifestação cultural, com suas raízes no Nordeste do país, é reconhecida por sua poesia popular impressa em folhetos, normalmente vendidos em barbantes, e por suas características xilogravuras.
A aluna do primeiro ano do ensino médio Mariana Castro aprovou a experiência. “O cordel é uma forma de me inspirar para escrever e também de valorizar nossa cultura. É uma forma bonita de contar histórias”, disse.
Em novembro de 2024, a Alepe sancionou a Lei nº 18.701, que busca fomentar o ensino da literatura de cordel em instituições educacionais da rede pública e privada de Pernambuco.
A norma, de autoria do deputado Mário Ricardo (Republicanos) traz objetivos como o combate à discriminação em relação à cultura regional do Nordeste e a integração da literatura de cordel aos currículos escolares, promovendo sua abordagem em diversas disciplinas.