Depoimentos de deputadas marcaram, nesta quarta, o encerramento da primeira edição do Alepe Mulher, evento em comemoração ao Oito de Março. Durante uma semana, a programação da Assembleia Legislativa contou com atendimentos médicos, recitais poéticos e palestras, entre outras ações.
As parlamentares ressaltaram a importância de iniciativas que promovam a luta por direitos. Alguns ainda básicos, como destaca a deputada Débora Almeida, do PSDB. “É por meio da política, é por meio de semanas como essa que a gente vai levando para todas a consciência de algumas coisas que são essenciais. O que é violência? Muitas vezes ela sente aquele incômodo mas ela não sabe que aquilo dali é uma violência”.
As deputadas também pediram mais mulheres nos espaços de poder. Rosa Amorim, do PT, lembrou os cinco anos da morte da vereadora Marielle Franco, símbolo da luta pelo fim da violência política de gênero. Simone Santana, do PSB, defendeu ações formativas permanentes. “A gente não pode pensar em uma democracia plena, em justiça social, se a gente ainda tem desigualdades de gênero. Então, essa é uma luta que não é só de nós mulheres, não é só de nós políticas, é da sociedade”.
Os mais de 40 feminicídios em Pernambuco registrados apenas neste ano motivaram a fala da deputada Delegada Gleide Ângelo, do PSB. Ela pediu ação integrada das instituições e indignação da sociedade para uma política de tolerância zero.
Ao longo da semana dedicada às mulheres na Assembleia Legislativa foram realizados mais de 2 mil e 700 atendimentos de saúde, entre consultas de diversas especialidades, e exames como mamografia e preventivo de câncer de colo do útero. Terceira secretária da Assembleia, a deputada Socorro Pimentel, do União, avaliou a semana como inovadora e produtiva. A grande procura deve motivar o reforço nas ações do departamento médico da Casa, de acordo com o presidente da Alepe, deputado Álvaro Porto, do PSDB.
“Principalmente na área de saúde é um serviço que tem que ser continuado. Eu acho que a Assembleia, com o departamento médico, a gente tem condição de permanecer com esse serviço, então o balanço que a gente faz, no geral, é um balanço muito bom. A instituição está trabalhando, está mostrando entrosamento com os servidores da Casa, então eu espero que esse serviço seja um serviço continuado”.
A solenidade de encerramento do Alepe Mulher teve, ainda, a participação do 1º secretário, deputado Gustavo Gouveia, do Solidariedade, e de representantes do Instituto Maria da Penha, Defensoria Pública Estadual e Polícia Civil.