João Paulo comenta artigo de ministro do STF sobre motivação política do impeachment

Em 09/02/2022 - 18:02
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ANÁLISE – “Como não ficou configurado crime de responsabilidade, está posto que houve um golpe contra Dilma e o PT.” Foto: Nando Chiappetta

O deputado João Paulo (PCdoB) repercutiu artigo em que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso avalia que a razão do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff foi “falta de sustentação política”. “Como não ficou configurado crime de responsabilidade, está  posto que houve um golpe contra ela e o PT”, sustentou o comunista, na Reunião Plenária desta quarta (9).

“Esse golpe foi armado pela direita, e suas consequências nefastas ainda hoje não se esgotaram. Um dos votos que mais me chamou atenção, negativamente, foi o de Jair Bolsonaro, que chegou a homenagear torturadores do Regime Militar”, recordou João Paulo. Para ele, naquele momento, “o Brasil entrou no facismo, cuja derivação é o atual cenário”.

Ainda conforme o parlamentar, a retirada de Dilma Rousseff do poder foi “resultado de interesses neofacistas e de forças internacionais”. “O que estava em jogo era a preservação do poder do dólar. A América Latina é uma área estratégica para os Estados Unidos. O certo é que, ao final, com a eleição de Bolsonaro, a esquerda e a direita moderada saíram perdendo com o golpe imposto a uma presidente legitimamente eleita”, destacou.

Em aparte, o deputado Alberto Feitosa (PSC) lembrou que “muitos dos que votaram pelo impedimento da ex-presidente hoje estão do lado do PT”. “Entre esses ‘golpistas’, constam nomes do PSB, como o deputado federal Danilo Cabral”, rebateu. O deputado José Queiroz (PDT), por sua vez, apoiou as análises feitas pelo colega do PCdoB: “Sabemos o que aconteceu neste País. O Brasil conhece a história do golpe”, lamentou.

Infraestrutura

No mesmo pronunciamento, João Paulo pediu a mediação da Mesa Diretora da Alepe para obter uma reunião com a secretária estadual de Infraestrutura e Recursos Hídricos, Fernandha Batista. Ele revelou que, há um ano, tenta audiência com a gestora da pasta, sem sucesso. “Não posso deixar de reconhecer a competência dela do ponto de vista técnico, mas acho inadmissível não ser recebido.”

Ao comentar a questão, o deputado Henrique Queiroz Filho (PL) observou a extensa quantidade de atividades conduzidas pela secretária ao longo dos últimos meses, “percorrendo todas as regiões de Pernambuco para anúncio e entrega de obras”. “Isso pode ter complicado um pouco a agenda”, justificou. 

Já o deputado Fabrizio Ferraz (PP), que presidia a Reunião Plenária no momento do discurso, informou ter conseguido entrar em contato com a gestora, que se colocou à disposição para a realização do encontro.