Fala Pernambuco: Agreste Setentrional quer acessibilidade e verba para turismo

Em 11/08/2021 - 19:08
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PRIORIDADE – “Nosso objetivo é apresentar e apreciar propostas que tenham o intuito de fortalecer a economia das cidades”, reforçou Eriberto Medeiros. Foto: Jarbas Araújo

A quinta edição do Projeto Fala Pernambuco, realizado em parceria pela Alepe e pelo Sebrae-PE, teve como foco o Agreste Setentrional. No encontro virtual, realizado nesta quarta (11), gestores públicos e representantes dos setores produtivos apresentaram as principais demandas dos municípios, tendo como prioridade o fortalecimento das micro e pequenas empresas. A partir da escuta, busca-se conceber políticas públicas e novas leis que viabilizem o desenvolvimento econômico de cada região do Estado

Na abertura da reunião, o presidente da Alepe, deputado Eriberto Medeiros (PP), destacou que a iniciativa pretende contemplar toda a cadeia produtiva pernambucana. “Nosso objetivo é apresentar e apreciar propostas que tenham o intuito de fortalecer a economia das cidades. Por meio de projetos como esse, a Assembleia busca se aproximar da população”, frisou. Ao final dos nove encontros, um relatório com as ideias colhidas será entregue ao Poder Executivo Estadual.

Nesta tarde, os participantes trouxeram demandas que foram desde a melhoria do abastecimento d’água e da infraestrutura rodoviária até mais investimentos no turismo regional. Além disso, mencionaram a necessidade de qualificação profissional em várias áreas, bem como de abertura de linhas de crédito, entre outras questões.

SEBRAE – Para Francisco Saboya, é preciso enfrentar o desafio do empreendedorismo. “Graças ao projeto, já firmamos convênio com 45 prefeituras.” Foto: Jarbas Araújo

O superintendente do Sebrae em Pernambuco, Francisco Saboya, lembrou que os pequenos negócios respondem por metade dos empregos e um terço do PIB nacional. “A prosperidade das cidades passa pelos pequenos negócios. Infelizmente, a legislação municipal não acompanhou o surgimento desses empreendedores, e o ambiente tornou-se desfavorável”, avaliou. “Graças ao projeto, estamos enfrentando esse desafio. Já firmamos convênio com 45 prefeituras.”

Representando os gestores da região, o prefeito de Toritama, Edilson Tavares, ressaltou que o Polo de Confecções é a maior cadeia produtiva do Agreste Setentrional, gerando 150 mil empregos diretos em 20 mil unidades de produção, sendo a maioria delas pequenas empresas. “Toritama tem sido muito impactada e se transforma, inclusive, com outras atividades econômicas. Entretanto, entraves como falta de água, problemas de mobilidade e de alta carga tributária têm atrapalhado o progresso dos pequenos negócios. Acredito que a Alepe possa contribuir para que sejamos referência como polo têxtil nacional”, pontuou.

A representante da Associação Empresarial de Santa Cruz do Capibaribe, Maria Lúcia do Nascimento, defendeu a revisão dos impostos cobrados para o setor de confecções e o investimento do Governo do Estado no turismo de negócios e de compras.  “Considero urgente a conclusão da duplicação da PE-104, a melhoria das estradas de acesso ao Polo, além de mais segurança nas rodovias para evitar os assaltos”, disse. “Também precisamos de estudos para identificar novas vocações econômicas para a região, como a área da beleza e da gastronomia.”

POLO – Maria Lúcia do Nascimento defendeu a revisão dos impostos cobrados para o setor de confecções. Foto: Jarbas Araújo

O secretário de Turismo de Taquaritinga do Norte, José Aloício de Lima Silva, destacou o potencial turístico das cidades da região, mas lembrou algumas carências que impedem o desenvolvimento amplo do segmento. “Precisamos melhorar a acessibilidade, porque as estradas locais precisam ser requalificadas. Também é necessário investir em sinalização turística”, enfatizou. 

O gestor ainda defendeu a aprovação pela Assembleia do Projeto de Lei nº 2237/2021, que institui a Política Estadual de Incentivo ao Turismo Rural de Pernambuco, além de mais verbas para o setor. “A região carece de atrativos mais fortes e um diálogo permanente entre o Executivo e o Legislativo do município com os do Estado é essencial para sedimentar o turismo regional”, completou Lima Silva.