
AÇÃO – “Não podemos nos furtar das lutas coletivas, que têm o poder de frear danos irreparáveis, como a devastação da Amazônia.” Foto: Nando Chiappetta
Celebrado neste 22 de abril, o Dia da Terra motivou o discurso da deputada Simone Santana (PSB) na Reunião Plenária. Na avaliação da parlamentar, é necessário combinar mudanças comportamentais individuais e mobilização coletiva para reduzir os crescentes danos provocados pela humanidade ao meio ambiente.
“Sou grande entusiasta da adoção de pequenos hábitos, repetidos de forma consistente, porque sei que eles são uma excelente porta de entrada para uma mudança maior em nossa forma de agir no mundo. Mas, além dessas atitudes individuais, não podemos nos furtar das lutas coletivas, pois elas têm o poder de frear danos irreparáveis, como a devastação da Amazônia”, defendeu.
Simone Santana lembrou que a desaceleração das atividades econômicas durante o período de isolamento social mais rígido, em 2020, provocou mudanças visíveis na qualidade do meio ambiente, com a diminuição dos níveis de poluição em grandes cidades. “Se estivermos dispostos a restaurar o planeta de forma duradoura, teremos que tratar o problema como ordem do dia”, opinou.
“Aderir ao negacionismo ou fazer vista grossa para o colapso ambiental não pode ser uma opção. O mundo que vamos deixar para nossos filhos e netos depende de uma tomada de decisão séria de cada um de nós”, acrescentou a socialista.
Ela criticou a política ambiental do Governo Bolsonaro e lamentou o episódio em que o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, argumentou que se deveria aproveitar o foco da opinião pública direcionado à pandemia para promover ações de expansão do agronegócio sobre áreas de preservação. “Escândalos como esse fazem a nação perder credibilidade. Há uma necessidade imensa de mobilização popular, posicionamento público e organização política contra tamanho retrocesso.”
Canudos
Ainda sobre o tema, a deputada destacou a Lei Estadual nº 16.962/2020, que proíbe a comercialização e distribuição gratuita de canudos plásticos a partir do ano que vem. Autora da matéria, ela apontou a necessidade de aprimorar o texto.
“Mesmo após estudo e muito debate com a sociedade civil antes da sanção da norma, especialistas nos informaram que seria mais assertivo se retirássemos a referência aos canudos biodegradáveis, pois muitos deles não desaparecem completamente, gerando resíduos”, explicou. Simone Santana protocolou um projeto de lei para substituir esse tipo de material por canudos compostáveis ou reutilizáveis.