Juntas registram três anos do assassinato de Marielle Franco

Em 11/03/2021 - 14:03
-A A+

INVESTIGAÇÃO – “Nenhuma morte é aceitável, mas assassinar uma parlamentar é silenciar uma voz que representa milhares de pessoas”, afirmou Jô Cavalcanti. Foto: Jarbas Araújo

A proximidade dos três anos da morte de Marielle Franco foi lembrada pela deputada Jô Cavalcanti, do mandato coletivo Juntas (PSOL), na Reunião Plenária desta quinta (11), quando voltou a cobrar a elucidação do crime. A vereadora carioca e o motorista Anderson Gomes foram assassinados na região central do Rio de Janeiro (RJ), no dia 14 de março de 2018.

Segundo a parlamentar pernambucana, apesar da prisão de dois acusados de envolvimento no homicídio, até hoje não se sabe quem mandou matar Marielle. “É fundamental concluir a investigação. Nenhuma morte é aceitável, mas assassinar uma parlamentar é silenciar uma voz que representa milhares de pessoas.”

Jô Cavalcanti também destacou que, ao longo desta e da próxima semana, deputados comprometidos com a Agenda Marielle Franco farão discursos em memória da vereadora. “A conclusão das investigações é urgente, até porque, nos últimos meses, parlamentares negras vêm recebendo ameaças. O Estado tem de zelar por todas as vidas”, salientou.

A representante das Juntas informou que, em 14 de março, é comemorado o Dia Estadual dos Defensores de Direitos Humanos. A iniciativa de criar a data no Calendário Oficial de Eventos de Pernambuco surgiu de um projeto de lei de autoria dela, em homenagem a Marielle.  

“Seguiremos firmes com a Agenda Marielle Franco, que representa pautas antirracistas, feministas e populares, e no apoio ao instituto criado no Rio de Janeiro para replicar o legado da vereadora”, afirmou a psolista. A deputada também convocou todos para acompanhar os eventos do Março por Marielle, promovido pela entidade. 

Dia da Mulher – Jô Cavalcanti registrou a participação do mandato coletivo nas atividades do Dia Internacional da Mulher. “Nesse 8 de março, data emblemática de luta, as Mulheres do PSOL pedem por ‘Fora, Bolsonaro!’ e pelas nossas vidas, principalmente as negras, pobres, com deficiência e LGBTs”, destacou. Ela também lamentou o agravamento da pandemia de Covid-19, a mais alta taxa de desemprego da história do Brasil e o fim do auxílio emergencial, o que “intensifica ainda mais a pobreza e as desigualdades sociais do nosso País”.